A importância da Apex e a campanha “Be Brasil”
Campanha enfatiza a sustentabilidade, criatividade e inovação dos produtos brasileiros
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), até recentemente sob a estrutura do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), passa a fazer parte do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Uma das primeiras iniciativas da Apex sob a nova gestão foi o lançamento, no último dia 22 de agosto, da campanha “Be Brasil”. Como sustentado pelo Ministro José Serra por ocasião do lançamento dessa campanha, a integração da Apex ao MRE “era indispensável, pois o trabalho de promoção de nossas exportações deve estar em perfeita sintonia com a estratégia mais ampla de nossa política externa e de nossa diplomacia econômica”.
A campanha tem por objetivo enfatizar a sustentabilidade, criatividade e inovação dos produtos brasileiros, aspectos que nunca foram identificados pelos estrangeiros como pontos fortes das exportações brasileiras. O Brasil é, em geral, visto como um país exportador de commodities, e com baixa competitividade em razão do alto e conhecido “Custo Brasil”. A Apex, com a campanha, quer mostrar ao mundo a diversidade dos produtos brasileiros, para abandonar a imagem que estamos buscando exportar mais do mesmo.
Na cerimônia de lançamento, o Ministro também enfatizou que o êxito da campanha depende de criatividade e capacidade de iniciativa. Terminou seu discurso colocando a Apex e o MRE à disposição dos empresários.
É inegável que a Apex tenha uma função determinante para o aumento das exportações brasileiras, pois ela faz, de forma bastante eficiente, a interface entre o empresário e o exterior. O MRE, órgão que representa o Brasil nas negociações de acordos internacionais de comércio, também tem um papel fundamental para a política externa brasileira, pois, se os países impuserem barreiras (sejam elas tarifárias ou não-tarifárias), mais difícil será obter sucesso com a campanha.
Entretanto, a força motriz da economia de qualquer país é o setor privado, ao qual cabe investir em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, e levar seus interesses a conhecimento do governo. Somente dessa forma o governo conseguirá agir de forma coordenada, mediante a negociação e assinatura de acordos comerciais que favoreçam o acesso a novos mercados, e promovendo os produtos brasileiros de maneira inovadora e criativa.
Cynthia Kramer
É advogada especialista em comércio internacional do L.O. Baptista-SVMFA, membro da OAB/SP, onde coordena o Grupo sobre OMC do Comitê de Direito Internacional. Membro do Comitê de Relações Internacionais do CESA. Coordenadora em São Paulo do Instituto de Comércio Internacional de Washington DC (ABCIInstitute). Membro do Centro Membro do Centro de Estudos de Direito Internacional Orbis. Além de lecionar Direito do Comércio Internacional no Instituto Nacional de Pós-Graduação (INPG).
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