Ficar na UE é melhor para a logística, de acordo com pesquisa

Brexit: apenas cerca de um terço do mercado logístico do Reino Unido acredita que a saída da UE seria bom para o seu negócio

Enquanto as últimas pesquisas populares acerca do referendo a ser realizado nesta quinta-feira na União Europeia para decidir se o Reino Unido permanece ou não no grupo dão conta de que o “Fica” começa novamente a apresentar ligeira liderança, uma pesquisa no mercado revelou que a comunidade logística e de suprimentos está dividida quase igualmente entre os dois lados. No entanto, apenas um em cada três britânicos acredita que sair da UE será bom para seus próprios negócios. Além disso, menos de um quinto dos respondentes acredita que a saída poderia resultar em crescimento do segmento de logística no Reino Unido.

A IMHX Business Survey, empresa que organizou a pesquisa, coligada à Lloyd’s Loading List, avalia que a proporção na qual o setor está dividido (45% para permanecer e 47% para sair) é tecnicamente um empate, enquanto os 35% que disseram que os seus negócios melhorariam caso a região saísse da comunidade europeia já caracterizam uma tendência do setor pela separação. Dezesseis por cento se declararam “indecisos” ao responder à pesquisa, que foi realizada em abril e publicada no início de junho.

Ainda assim, quando o assunto é o futuro da indústria logística do Reino Unido, 38% considera que sair pode ter impacto negativo ou extremamente negativo sobre o setor, e um terço dos entrevistados pensam que a decisão não terá efeito na logística. Somente 19% acreditam que sair da comunidade traria crescimento direto para a atividade logística do Reino Unido.

Quanto ao impacto da saída nos negócios em geral, 22% dos entrevistados sentem que as atividades podem ser retraídas, enquanto 19% acham que pode haver crescimento e uma proporção similar declarou não saber. A maior parte deles, entretanto, (39%) julga que não haverá impacto sobre a economia do Reino Unido.

Perguntados sobre o nível de burocracia, se tende a aumentar ou diminuir, os entrevistados se dividem entre 22% julgando que não haverá impacto, 35% apostando na diminuição e 38% no aumento da burocracia. A questão de contratações fica mais complicada: 38% das empresas revelam que empregam imigrantes, 40% dos quais estão preocupados com que uma possível separação venha a dificultar o recrutamento e a retenção de seus talentos.

A pesquisa foi realizada online durante o mês de abril de 2016, majoritariamente por e-mail, mas também em ídias sociais, por uma empresa específica de pesquisas chamada Opinionography. As informações foram divulgadas pela publicação SHD Logistics, também coligada ao Lloyd’s Loading List.


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