Carga aérea mundial teve retração em maio
Ritmo de crescimento do transporte aéreo diminuiu no mês de maio, baixando para 0.9%, de acordo com IATA
O setor aéreo vem sofrendo pressão financeira após registrar uma diminuição no volume de cargas movimentadas. O índice que mede os espaços disponíveis nas aeronaves, computando toneladas por quilômetro voado (AFTK) aumentou 4,9% em relação ao ano anterior, segundo relatório do Lloyd’s Loading List.
“As demandas do transporte aéreo caíram ou se mantiveram estáveis em praticamente todas as regiões do mundo, com exceção da Europa e Oriente Médio, regiões que conseguiram aumentar seus volumes transportados em 4,5% e 3,2%, respectivamente”, relatou o porta-voz da Iata (International Air Transport Association). “A fraqueza generalizada dos volumes comercializados mundialmente, que já vem sendo sentida desde o final de 2014, representa cerca de 80% dos motivos que levaram à baixa performance das cargas aéreas”, completa a declaração.
O CEO da IATA, Tony Tyler, afirmou que as esperanças para um 2016 mais forte estão-se esvaindo, na medida em que as incertezas econômicas e políticas vão aumentando. “A carga aérea é vital para a economia global. No entanto, o campo das negociações está bastante difícil, e existem hoje muito poucos sinais de alívio imediato”.
Na avaliação regional da IATA, o mercado aéreo na rota Ásia-Pacífico registrou 0,7% de queda na demanda por cargas em maio, na comparação com o ano anterior, enquanto a capacidade expandiu 3,7%. As transportadoras norte-americanas, por sua vez, vivenciaram uma queda de 0,2% no desempenho, o que o CEO da IATA imputa à força do dólar americano, que manteve o mercado de exportações dos Estados Unidos sob pressão nos últimos doze meses consecutivos. Na Europa, as companhias tiveram aumento: foram 4,5% a mais em volumes de cargas, porém com um aumento de 5,7% na capacidade oferecida, largamente justificada pelo aumento das exportações da Alemanha nos últimos meses. No Oriente Médio, os resultados também foram positivos, com demandas aumentadas em 3,2% e a capacidade 9,5% maior do que no mês de maio de 2015. Os números, no entanto, não traduzem grande entusiasmo, de acordo com o Lloyd’s: “O crescimento dos volumes no Oriente Médio em maio de 2016 foi um quinto do registrado em maio de 2015, refletindo tanto uma refreada na expansão do mercado pelas principais companhias aéreas quanto pelo enfraquecimento geral de negociações."
As companhias latino-americanas, por sua vez, registraram queda de expressivos 9,7% na demanda, com queda também na capacidade: 7% a menos em disponibilidade, diante das condições econômicas cada vez piores na região, “especialmente na maior economia, que é o Brasil”, realça a publicação.
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