A notícia de que o governo britânico aprovou a terceira pista de decolagem no Aeroporto de Heathrow foi recebida com ressalvas pela BIFA, associação que representa os freight forwarders e operadores logísticos do Reino Unido.

Segundo Robert Keen, Diretor Geral da entidade, a decisão parece ser o fim de anos de procrastinação acerca da expansão da capacidade de aviação do Reino Unido e, caso venha a se concretizar de fato, será muito bem-vinda para a comunidade que já soma 1500 empresas afiliadas da BIFA, que já andavam desanimadas com tamanho atraso em uma questão tão crucial.

“Entretanto, supomos que muito provavelmente o governo não deve promover nenhuma consulta pública antes de tomar as decisões finais para estabelecer a política pública de aviação, cuja votação pelos membros do parlamento está prevista para a virada do ano 2017 para 2018”.

“Nesse caso – continua o diretor da BIFA – permanecem as incertezas”. Apesar de o Secretário de Transportes do Reino Unido, Chris Grayling ter dado sinais de que o planejamento está acelerado, encerrando a fase de contestações, “a possibilidade de haver não apenas os inevitáveis desafios legais, mas também as complicações naturais dos processos parlamentares me levam a duvidar de que qualquer expansão seja concluída antes de 2025, data em que estudos previram que a capacidade de aviação do RU já estará defasada”.

Bem pouco otimista, Robert Keen concluiu: “espero estar errado, mas eu não compraria tão cedo os ingressos para a cerimônia da abertura".