Novos rumos e oportunidades

Posidonia desembarca com novidades, mudanças e confiança nos projetos desenvolvidos e nas ações em andamento

Desembarcando na Intermodal cheia de novidades, a Posidonia, que está investindo mesmo diante das adversidades do setor, confirmou a entrega prevista para o final de 2016 do Posidonia Bravo, navio multipropósito. De acordo com Abrahão Salomão, sócio da Posidonia, o navio “é uma das grandes apostas da empresa para se diferenciar em relação à concorrência”.

De acordo com ele, a embarcação oferece a flexibilidade de uma embarcação pequena, muito usada hoje no Brasil – a exemplo das balsas e chatas - para cargas, “que apesar de volumosas não preenchem um navio completo, com um custo muito menor e diferenciado”, apontou. Ainda segundo Salomão, a embarcação que está sendo construída no Rio Grande do Sul e mantém seu cronograma original oferece benefícios não só na operação do dia-a-dia, mas também na escala de portos. “Nós não precisamos necessariamente do uso do prático, com isso diminuímos o número de rebocadores. Então é essa a nossa grande aposta”.

O executivo que anunciou em primeira mão a mudança do nome da empresa para “Posidonia Shipping and Trade”, disse que a necessidade surgiu da forte demanda de clientes a procura de melhores serviços. “Na realidade estamos vendo muita oportunidade no Comércio Exterior, tanto na exportação como na importação. A ideia é a gente agregar isso a Posidonia”, ressaltou.

Em contato com alguns produtores, que segundo ele “tem liquidez”, Salomão disse que com essa mudança o mercado não será dependente dos recursos da safra. “Eles podem trabalhar melhor seu produto, além disso, nosso objetivo é começar a vender CIF em vez de FOB, agregando valor ao produto deles. Isso tudo oferecido pela Posidonia também”.

Especializada no transporte de cargas pela costa brasileira (cabotagem) e longo curso, o sócio da companhia ressaltou que “a cabotagem sem sombra de dúvida é uma alternativa para superar as adversidades logísticas, começando pelo custo”. Ele ressaltou ainda que os benefícios do modal já são mais que conhecidos: “Então é uma questão de oportunidade e até de conhecimento, mas sem sombra de dúvida ela é uma solução para isso”.

Operações de navios de apoio

A companhia que tem deixado o negócio de operação de navios de apoio, em um momento que o setor de óleo e gás enfrenta queda de investimentos, e tem focado na cabotagem, explorando nichos, acredita, de acordo com Salomão, que toda a crise do setor, incluindo a Petrobrás, está fazendo com que o apoio de operação a plataforma tenha diminuído muito. “Com isso, obviamente sobrou mais tempo para poder focar no Posidonia Bravo”, disse.

Segundo ele, apesar da crise, “existem sem sombra de dúvidas planejamentos em novos investimentos”, com destaque para o plano que engloba cerca de US$ 100 milhões na aquisição e afretamento de novas embarcações. “Hoje todo o nosso projeto começa dentro de casa, temos uma equipe técnica, eu diria importante e capaz de desenvolver esse projeto. A intenção é usar recursos do Fundo da Marinha Mercante, um passo um pouco maior que o Posidonia Bravo que está sendo feito com recursos próprios”, explicou Abrahão, acrescentando que a razão disso é muito simples: “Nós já vimos outras crises e não podemos ficar baseados só nela, porque quando a crise passar, acho que os benefícios serão muito maiores e acho que temos que estar preparados para isso”.

De acordo com ele com a ampliação da frota, a companhia terá condições de melhorar sua competitividade, elencando como exemplo, o uso de motores com baixo consumo, o conforto da tripulação, e a tecnologia na navegação - tanto em segurança como em conforto – “que baixam o custo da operação e são elementos que procuramos manter em todos os projetos que desenvolvemos”.

Expectativa: Crise x Cabotagem

“Nós já vimos outras crises e não podemos ficar baseados só nela, porque quando a crise passar, acho que os benefícios serão muito maiores e acho que temos que estar preparados para isso”.Em tom de brincadeira, ao ser perguntado sobre as expectativas para 2016 ele disse ser “essa a pergunta de 1 milhão de dólares”. Para o executivo, a expectativa é clara: manter o faturamento sem queda. “Temos visto muito movimento de clientes procurando alternativas mais eficazes e estamos apostando nisso. Basicamente em cabotagem. A tendência é pensar fora da caixa, não é fazer mais do mesmo é buscar entender e isso é uma coisa que a gente prima desde o princípio, a necessidade específica de cada cliente e buscar dentro do possível atende-lo”, salientou, acrescentando que esse fato, faz com que cada operação tenha seu diferencial “personalizado”. “Então nesse aspecto acreditamos sim que tenha espaço na cabotagem e o faturamento se mantenha”, finalizou.


Créditos imagem: Agência Infoneb

1 Comentário

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    Paula Buares

    07/04/2016 07:41

    Já vimos, vivemos ou vivenciamos outras crises!
    Buscar soluções dentro delas é sem dúvida a grande sacada para projeção de futuro próspero!
    Poucos olham para pós crise, pois estamos envolvidos no processo de salve-se quem puder!
    Parabéns pelo projeto, Sucesso!