Volumes e preços de petróleo minguando

Novos temores em relação à capacidade de atender a demanda futura rondam as empresas

Desde 2015 as empresas de petróleo vêm descobrindo apenas um décimo do volume anual médio encontrado desde 1960, e neste ano, é provável que o número seja ainda menor, gerando novos temores em relação à capacidade das empresas de atender a demanda futura.

Com a queda dos preços do petróleo para menos da metade em relação as máximas registradas há dois anos, as empresas de perfuração reduziram drasticamente seus orçamentos para exploração. O resultado: apenas 2,7 bilhões de barris de nova oferta foram descobertos em 2015, a menor quantidade desde 1947, segundo números da consultoria Wood Mackenzie, da Escócia. Neste ano, as empresas de perfuração descobriram só 736 milhões de barris de petróleo convencional até o fim de julho.

Uma preocupação para o setor em um momento em que o Departamento de Energia dos EUA estima que a demanda global por petróleo crescerá de 94,8 milhões de barris por dia estimados para este ano para 105,3 milhões de barris em 2026. Embora o boom do petróleo de xisto dos EUA possa compensar a diferença, os preços abaixo de US$ 50 por barril têm limitado o crescimento na produção.

Enquanto isso, os estoques globais foram impulsionados pela produção a todo o vapor da Rússia e da Opep, o lobby de países exportadores, que inundaram o mundo com a commodity para defender suas participações de mercado. A perspectiva é que os anos de baixos investimentos serão sentidos já em 2025.

Em dez anos, quando os dados de exploração baixos vistos agora começarem a afetar a produção, haverá um "potencial significativo de alta dos preços do petróleo", apontou o estudo.

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