Delegação chinesa busca parceria com empresas do Brasil
Grupo de Shenzhen-Longhua está interessado em comprar minérios e commodities brasileiras, oferecendo em troca uma lista de produtos eletro-eletrônicos com vantagens tributárias
A ACSP (Associação Comercial de São Paulo) realizou ontem na sede da entidade o Seminário de Cooperação Econômica e Comercial entre Shenzhen-Longhua (China) e São Paulo (Brasil), que teve por objetivo de estreitar as relações comerciais entre empresários dos dois países.
Segundo José Cândido Senna, coordenador da ACSP, “a delegação mostrou-se interessada, especialmente, na compra de commodities e minérios do Brasil, disponibilizando, em contrapartida, uma lista de produtos chineses sobre os quais o comprador brasileiro teria vantagens tarifárias”. Os principais itens incluídos na lista pertenciam ao segmento de produtos elétrico-eletrônicos.
Estiveram presentes cerca de cem participantes, entre empresários brasileiros e a delegação chinesa. Lourival Martins, Presidente do Grupo Martins, afirmou que o evento foi bastante proveitoso, e deverá render parecerias para o Brasil.
Em pouco mais de uma década, a corrente de comércio Brasil-China foi largamente ampliada, passando de US$ 3,2 bilhões em 2001 para US$ 66,3 bilhões em 2015, quando o Brasil exportou para a China um total de US$ 35,6 bilhões, importando US$ 30,7 bilhões. A contar pelos dados registrados desde 2009, o Brasil já acumula um superávit com a China de quase US$ 46 bilhões, de acordo com os dados do Itamaraty.
Além disso, são chineses os principais capitais estrangeiros investidos no Brasil, nos setores de energia e mineração, siderurgia e agronegócio, com uma tendência a se expandirem os investimentos para as telecomunicações, automóveis, máquinas, serviços bancários e infraestrutura. Em contrapartida, o Brasil também realiza importantes investimentos na China, nos segmentos de mineração, alimentos, aeronáutica, motores e autopeças, siderurgia, papel e celulose e serviços bancários. Há exatamente um ano, em maio de 2015, o Brasil e a China assinaram 35 acordos comerciais que representariam negócios na casa dos US$ 53 bilhões.

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