Respiro para a indústria de embalagens
Após períodos de quedas consecutivas, futuro dos próximos meses também tem melhora “garantida”
O tradicional Estudo Macroeconômico da Embalagem elaborado pela ABRE (Associação Brasileira de Embalagem) junto ao Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), apontou um crescimento de 2,54%, no segundo trimestre de 2016, após seis períodos de quedas consecutivas.
Com valor bruto de produção previsto para o ano na casa de R$ 60,6 bilhões, o setor apresentou recuo de 5.1% na produção física da embalagem no primeiro semestre de 2016. Porém, o estudo aponta que na segunda metade do ano, a variação não deverá ser tão negativa, chegando a -0,2%, permitindo que o setor termine o ano com uma redução de 2,6% na produção física e com perspectivas melhores para o ano seguinte.
Valor Bruto da Produção por Classe em 2016
De acordo com o Economista responsável pelo estudo, Salomão Quadros, os números refletem uma composição diferente se comparados ao trimestre anterior. “Atender à indústria de bens de consumo não duráveis faz com que a indústria de embalagens sofra menos oscilações que as demais, o que acaba gerando uma determinada estabilidade, porém depende muito do consumo para que haja um crescimento relevante”. Na opinião do economista, ao que tudo indica o segundo semestre será melhor, dando continuidade às mudanças de trajetória já observadas em quase todas as variáveis econômicas. “É importante ressaltarmos que muito diferente de 2010, a saída dessa crise será bem gradativa e só ganhará velocidade depois que o consumidor ajeitar suas dívidas e retomar de forma segura a confiança”.
O estudo também aborda números de Importações e Exportações, índices de Confiança da Indústria e do Consumidor, além do Consumo das Famílias. Com volume total de US$ 247,301, as exportações tiveram recuo de 7,86%. As Importações ficaram na casa de US$ 226.363, com recuo de 31,95% com retração em todas as classes de materiais.
Para Luciana Pellegrino, diretora Executiva da ABRE, o resultado negativo previsto para 2016 está calcado principalmente no primeiro semestre do ano, ou seja, tudo indica que o pior já passou e gradativamente começa a melhorar. A indústria de embalagens, por atender em maior volume o setor de bens de consumo não duráveis, prevê a sua retomada antes de outros setores como o de bens duráveis ou automóveis.
A ABRE congrega toda a cadeia produtiva desde fabricantes de máquinas e equipamentos, fornecedores de matérias-primas e insumos, fabricantes de embalagem a indústrias de bens de consumo, redes de varejo, instituições de ensino e entidades setoriais etc. Ela também atua em uma ampla gama de atividades por meio de seus Comitês de Trabalho: Design & Inovação; Meio Ambiente & Sustentabilidade; Alimentos; Cosméticos, Educação e Varejo.
Produção Física da Embalagem – Cenário 2016

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