Entregas por drone e a nova era

UPS avança nos testes de entregas automatizadas, e ocupa o conselho consultivo de aviação federal nos EUA

A CyPhy Works produz drones, que emprega em usos diversos como defesa e segurança pública, agricultura, energia, logística, marítimo, mineração, energia e transportes. A UPS é conhecida do mercado de entregas expressas e soluções de logística internacional, cobrindo mais de 220 países e territórios em todo o mundo. Nesta semana, as empresas anunciaram uma parceria que vem em consonância com as mudanças que estão regendo não apenas a indústria de transportes como todo o comportamento do mercado corporativo e de varejo.

Para atingir áreas de difícil acesso, a UPS anunciou que começou a testar o uso de drones, em parceria com a CyPhy Works. Em operação desde o fim de setembro, os testes foram viabilizados pelo investimento realizado na CyPhy pelo fundo empresarial estratégico da UPS, que visa coletar informações sobre uso e capacidades de drones. "Acreditamos que os drones oferecem uma ótima solução para entregas em locais de difícil acesso em situações urgentes, onde outros modos de transporte não estão prontamente disponíveis.", afirmou Mark Wallace, vice-presidente sênior de engenharia global e sustentabilidade da UPS.

Em agosto deste ano, a FAA (Administração de Aviação Federal) dos EUA publicou novas regras, permitindo o uso de drones para fins comerciais, desde que os operadores atendam às normas de segurança. Para estreitar os laços com as entidades reguladoras, a UPS acaba de indicar seu diretor de segurança, Capitão Houston Mills, para compor o conselho consultivo de drones da FAA.

Automação e robótica têm sido primordiais no conceito de inovação da UPS, que já vinha testando os drones em armazéns, com o objetivo de checar as prateleiras mais altas e confirmar estoque, ou espaço disponível.

Além de realizar entregas, os drones também podem ser usados para fornecer ajuda humanitária. “A tecnologia de drones, usada desta forma, pode salvar vidas e oferecer serviços e produtos para lugares difíceis de alcançar por infraestruturas tradicionais de trânsito", explicou a fundadora e diretora da Cyphy, Helen Greiner.

Dotado de baterias, o drone voa sozinho, e praticamente dispensa o treinamento de usuários. O equipamento tem alta durabilidade e dispõe de “visão noturna”, além de enviar mensagens protegidas, que não podem ser interceptadas ou adulteradas.

No cenário de simulação, o equipamento levou um inalador de asma para uma suposta criança que acampava em uma ilha, onde não se poderia chegar a tempo em automóvel terrestre.

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