Mercado de navegação mundial segue se reorganizando

Novos desdobramentos sobre as embarcações da Hanjin Shipping apontam para compra de cinco pela SM Line Corporation

    através da KLC (Korea Line Corporation), a segunda maior operadora de graneleiros da Coréia do Sul. O grupo adquiriu a KLC no final de 2013, trazendo-o para fora da administração judicial.

Incorporada separadamente do grupo, e não como uma subsidiária, a SM Line Corporation adquiriu cinco navios porta-containers de 6.655 TEU que haviam sido operados pela Hanjin Shipping enquanto se preparava para lançar os serviços Ásia-EUA e intra-Ásia. São eles: Hanjin Bremerhaven, Hanjin Budapest, Hanjin Port Kelang, Hanjin Tianjin e o Hanjin Xiamen.

As embarcações foram construídas pelo estaleiro Hyundai Heavy Industries em 2006 e foram hipotecados aos bancos quando a Hanjin Shipping entrou em colapso. (Leia no Guia). A empresa que entrou em proteção judicial em setembro de 2016, foi a maior linha de transporte marítimo da Coréia do Sul e o sétimo maior operador marítimo do mundo. No entanto, lutou para manter os lucros em meio ao excesso de capacidade e crescimento fraco de cargas.

A SM Line Corporation também adquiriu a embarcação Hammonia Pescara, da Thomas Schulte Reederei, de 4.253 TEU e a Perla de Laeisz F. Schiffahrts, de 1.118 TEU, construída em 2007. Segundo a publicação Fairplay, a empresa pretende lançar suas novas operações em abril. E já está em processo de garantir cobertura securitária de P & I (associações mútuas de seguro marítimo) para seus navios.

Na época o boato que pairava sobre o mercado era que as embarcações estariam sujeitas a retenção por parte de seus credores, depois do anúncio público de que o armador coreano declarou falência. (Leia no Guia). O jornal sul-coreano Pulse chegou a informar essa semana que a SM Line poderia ser impedida de iniciar as operações em abril devido à falta de containers.

Embora a companhia tenha considerado assumir os containers da Hanjin Shipping, muitos foram apreendidos por operadoras de terminais alegando supostas dívidas da linha. Agora, de acordo com uma fonte da empresa ouvida pela Fairplay a empresa está em discussão com empresas de leasing de containers. "Os preços dos containers têm aumentado, então pensamos que é mais viável alugar do que comprar", disse o funcionário, ressaltando que a empresa precisa claramente ter um certo número de containers próprios. “Ainda estamos em conversações com alguns fabricantes de containers”, salientou.

O processo de reabilitação judicial da Hanjin Shipping já teve início. O armador coreano soma US$ 5,4 bilhões em compromissos, o que justifica todo o cuidado e a preocupação de seus credores, temerosos pelo tamanho do prejuízo que ainda podem ter.

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