Destravar, investir e reinventar
O discurso pode mudar, mas o cenário do Brasil continua o mesmo
O Brasil precisa destravar os projetos em infraestrutura, atrair mais investimentos externos, trazer o setor privado para perto, diminuir a burocracia, e a lista ainda é longa. Esse é o cenário brasileiro, que não muda.
Para o presidente do conselho de administração da BRF Foods, Abílio Diniz, as empresas e as famílias estão endividadas e não há como promover o crescimento do país via consumo. Ele afirmou que as previsões para o desempenho da economia brasileira são muito ruins e que não imagina que o País crescerá em 2017. "A previsão é muito ruim. Não podemos imaginar que vamos chegar a 2017 com crescimento", disse um dos maiores acionistas do grupo BRF.
Diniz defendeu a realização de reformas estruturantes no País, citando em especial a necessidade de destravar investimentos em infraestrutura e de unificar as alíquotas do ICMS, com o fim da guerra fiscal entre os Estados.
Segundo ele, não será possível mais "fazer crescimento" com base no consumo, pois Estado e famílias estão endividadas. "Não há investimento e Estado não tem condição de investir", comentou. Para o empresário, é preciso parar de reclamar do governo e do que o poder púbico pode fazer pelas pessoas e pensar no que a população pode fazer para ajudar o governo a tirar o Brasil da crise. "Temos que largar isso de lado e penar: o que podemos fazer para ajudar", afirmou. Ele disse que os investidores estão sequiosos para investir no Brasil, mas é preciso aprovar essas reformas estruturantes.
Diniz elogiou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que cria um teto para o crescimento dos gastos públicos da União por 20 anos e a reforma da previdência, que deve ser enviada pelo governo ao Congresso Nacional em dezembro deste ano. E, ainda, o trabalho do Banco Central para ajudar na queda da inflação.

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