Propostas para a competitividade

O Brasil tem números incompatíveis e precisa de soluções para se posicionar melhor no comércio mundial

“Passamos por uma quadra difícil, mas não podemos deixar de discutir os problemas do país”, afirmou o diretor executivo da Usuport (Associação dos Usuários dos Portos da Bahia), Paulo Roberto Villa, durante a conferência sobre estrutura portuária realizada na Conferência Intermodal 2016.

O Brasil está muito mal posicionado nos rankings mundiais de competitividade e, apesar de figurar ainda como o 7º PIB mundial, fica na 16ª colocação quando o assunto é movimentação de Containers, e 25ª na condição global de exportador, números que são “incompatíveis”, de acordo com Paulo Villa.

Vivemos alguns entraves, um dos quais nem gostamos de falar, que é a crise moral: “pouca gente tem coragem de assumir uma posição para acabar com a cultura de saquear o país”, alertou, antes de enumerar soluções que julga importantes para que o Brasil consiga se posicionar melhor na economia mundial.

Valorizar a competição, criar eficiência na logística, com menores custos e menos gargalos, combater as desigualdades e expandir o mercado interno (historicamente muito concentrado em SP, RJ e MG) são fatores cruciais para o crescimento do País, na opinião de Villa. E, para isso, ele lembrou que a movimentação de containers está diretamente relacionada ao desenvolvimento, mencionando uma afirmação atribuída a Bill Gates, que diz que as grandes invenções inovadoras da humanidade são “a vacina, o software e o container”.

Paulo Villa também realçou a necessidade de se trabalhar os preços dos fretes brasileiros por meio da eficiência, regulação competente, eliminação de monopólios e da burocracia. Para tanto, sugere que a regulação seja mais unificada, sem mediadores: “balcão único”, sugeriu. Além disso, enfatizou a necessidade de se adquirir mais isonomia, tornar a cabotagem mais atrativa e desestimular os serviços no porto, para que o tráfego de cargas ganhe mais agilidade.

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