Transporte ferroviário de Ponta Grossa a Paranaguá
Com a nova fábrica da Klabin cresce e tráfego passa de 14 para 16 trens por dia
A parceria entre a Klabin e a Rumo vem movimentando ainda mais os 200 quilômetros de trilhos entre a região de Ponta Grossa e o Porto de Paranaguá, no Paraná. Esse é o corredor ferroviário mais utilizado no transporte de cargas da região Sul do País, com tráfego de 14 a 16 trens por dia.
No final de junho, a Klabin que investiu R$ 8,5 bilhões em sua nova estrutura, inaugurou oficialmente a Unidade Puma, sua fábrica de celulose em Ortigueira (PR). Incluindo infraestrutura e impostos recuperáveis a Unidade Logística de Papel e Celulose gera cerca de 1,4 mil empregos diretos e indiretos, considerando as atividades industriais e florestais.
De acordo com a companhia, a capacidade de produção anual da nova unidade é de 1,1 milhão de toneladas de celulose branqueada de fibra curta (eucalipto) e 400 mil toneladas de celulose branqueada de fibra longa (pínus), parte convertida em celulose fluff.
Além de construir um ramal de 23,5 quilômetros que permite a conexão com a ferrovia administrada pela concessionária, a Klabin explica que adquiriu 306 vagões e sete locomotivas Evolution ES43BBi, mais potentes e econômicas que outros modelos em circulação. A Rumo, responsável pelo trecho por onde a produção da unidade de Ortigueira vem sendo escoada para exportação, será a responsável por transportar 900 mil toneladas do produto.
Com mais de 200 toneladas e oito eixos, o modelo das locomotivas, batizadas de Evolution ES43BBi, foram produzidas em Contagem (MG). “Além de serrem são mais potentes e econômicas que os modelos atualmente em circulação no Brasil, ela tem duas vezes mais força do que outras locomotivas da bitola métrica, característica diretamente relacionada ao motor, que usa tecnologia de tração de corrente alternada (AC)”, ressaltou a companhia.
Além de aumentar a força das locomotivas, as novas tecnologias adotadas na BBi reduzem o consumo de combustível e coletam uma série de dados sobre cada viagem a partir de sistemas digitais com centenas de sensores. A máquina usa softwares comparáveis aos da indústria automobilística, que permitem análise do sistema operacional baseada em mais de 400 parâmetros. A economia e os benefícios para o meio ambiente, de acordo com a Klabin, estão entre as principais vantagens, “uma vez que a BBI emite até 80% menos poluentes”. A redução do consumo de combustível ajuda a diminuir em 10% os custos operacionais da máquina, que conta com ar condicionado, frigobar e até assento com regulagem a ar.
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DALCI PARANHOS MESQUITA
07/10/2016 06:53