Perspectivas de movimentação dobrada em Paranaguá
Gransol vai construir uma estrutura própria para operar pelo Corredor de Exportação do porto
Depois de quatro décadas movimentando cargas pelos silos públicos e por grandes multinacionais do setor, a Gransol vai construir uma estrutura própria para operar pelo Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. O empreendimento vai dobrar a movimentação anual da empresa no Litoral Paranaense.
Com investimento previsto de R$ 110 milhões, montante integra o programa de investimentos privados de R$ 5,1 bilhões para os Portos do Paraná, até 2030. As obras compreendem a construção de silos e a instalação de correias transportadoras, cuja ideia é ganhar autonomia e incrementar a movimentação anual de grãos.
De acordo com o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, os projetos incluem novos terminais e arrendamentos, renovações de contratos, rearrendamentos de áreas públicas e contratos de passagem, que é o caso da Gransol. “Fizemos um Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado que apontou demandas para a movimentação portuária nos próximos 15 anos. Os investimentos públicos de cerca de R$ 600 milhões aportados nos últimos cinco anos foram feitos com base nestas demandas e, agora, a iniciativa privada segue neste o mesmo caminho”, declarou Dividino.
Ele explica que os portos do Estado estão sendo planejados até 2030, quando a demanda de movimentação de cargas no Paraná deverá saltar das atuais 45 milhões de toneladas para 83 milhões de toneladas. A nova estrutura da Gransol compreende três silos com capacidade estática de armazenamento de 25 mil toneladas cada. Além disso, serão instaladas correias transportadoras de grãos ligadas ao Corredor de Exportação com capacidade de carregamento de 4 mil toneladas por hora.
Com a nova estrutura inaugurada, a meta da Gransol é dobrar a movimentação de cargas por Paranaguá, saltando de 1 milhão de toneladas anuais para 2 milhões de toneladas. “Somos uma empresa de Paranaguá e é uma satisfação poder investir assim na estrutura do nosso porto. Acreditamos neste incremento de movimentação nas nossas atividades”, afirma o diretor da Gransol, Waldemir Vale. A previsão é que o empreendimento fique pronto e comece a operar até o começo de 2019.
Nem mesmo a crise econômica que se arrasta no Brasil nos últimos dois anos desencorajou a Gransol. “O Paraná é um Estado com uma agricultura muito forte e, por isso, apostamos no setor”, explica Vale. Além de carga do próprio Estado, a empresa também movimenta grãos vindos do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.
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