Porto de Itajaí poderá operar cargas a granel
Inicialmente, as operações somariam cerca de 60 mil toneladas de soja por mês, chegando pela rodovia BR 101.
Após a conclusão das obras de reforço e alinhamento do berço 3 do Porto Público em Itajaí, em Santa Catarina, prevista para breve, a administração portuária considera a operação de cargas de granel sólido como alternativa para retomada das operações.
Somados todos os terminais, o porto de Itajaí movimentou 11,072 milhões de toneladas em 2015, com 676,5 mil Teus registrados no ano. Os alimentos encabeçam a lista das exportações anuais do porto, com frango, carnes, peixes e alimentos respondendo por quase metade do total de 6,364 milhões de toneladas em exportações. Nas importações, os principais produtos são os itens mecânicos e eletrônicos que, somados aos têxteis e químicos, correspondem a 79% da movimentação de entrada no porto.
O prefeito Jandir Bellini recebeu, na tarde desta quinta-feira, representantes do Porto de Itajaí, da comunidade portuária, de mão de obra e da empresa ZMW Operações Portuárias, especializada em operações de granéis. “Será uma excelente alternativa para garantirmos a operacionalização da área e diversificar as cargas operadas na margem direita do Rio Itajaí-Açu”, diz o superintendente Antonio Ayres dos Santos Júnior.
Ayres explica que, inicialmente, as operações de granéis somariam cerca de 60 mil toneladas de soja por mês. As cargas virão de caminhão pela rodovia BR 101, onde será instalado um pátio de triagem, e depois serão acondicionadas em um pátio coberto na área portuária. Os carregamentos serão feitos com a utilização de grabes e guindastes MHC (Mobile Harbour Crane) em navios graneleiros.
As tratativas entre Porto, operador portuário, trade, mão de obra e Município estão bem adiantadas e existe grande probabilidade que as primeiras cargas sejam operadas até maio. O prefeito destaca a importância dessa diversificação nas operações do Porto, que tem sua gestão municipalizada, e demonstrou bastante solidário à situação dos trabalhadores portuários e das empresas ligadas à cadeia logística de Itajaí e Região, além das dificuldades que a Autoridade Portuária vem tendo para garantir a operacionalização do Porto de Itajaí.
A Autoridade Portuária e o operador assumiram o compromisso de gerar o menor impacto sobre o município com suas operações. “Além de ser um volume praticamente pequeno, em comparação com outros portos que operam granéis, trata-se de soja orgânica, e que terá um transporte diferenciado, o que, com certeza, trará o mínimo impacto”, garantiu Ayres.

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