Movimentos sociais e apps de transporte fortalecem o mercado de frete

Pesquisas no Brasil e no exterior mostram que as atitudes dos caminhoneiros estão cada vez mais relevantes em diversos mercados graças ao uso da tecnologia.

É inegável que a perspectiva de pessoas, empresas e governos sobre o frete rodoviário mudou. Seja a partir das consequências inesquecíveis da greve dos caminhoneiros, em 2018, ou da digitalização do trabalho de transporte de cargas em todo o mundo, o setor deixou de ser visto como um trabalho distante do cotidiano das pessoas. Atualmente, cada vez mais, a atividade mostra capacidade de movimentar bilhões não só com o frete mas também com produtos financeiros diferenciados.

Um sinal desses novos tempos está presente no mais recente levantamento industrial Global “Truck Telematics Market” 2019/ano base 2018. O estudo apontou que o tamanho desse mercado tecnológico na rotina dos caminhões representou US$ 400 milhões, algo em torno de R$ 1.6 bilhões. A expectativa, segundo a pesquisa de mercado, é que até o final de 2025 haja uma evolução para um novo patamar de US$ 1.5 bilhões - até o final de algo no entorno de R$ 6.2 bilhões - representando um crescimento de 18,8%.

Trata-se de um mercado em franca expansão, principalmente advento de aplicativos capazes de influenciar em setores bancários e financeiros do Brasil e do mundo. Dados da B3, empresa que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), mostram como os chamados aplicativos de transporte impactam no mercado de crédito para veículos no Brasil. De acordo com a SNG, os financiamentos para compra de carros, motos e caminhões cresceu 9,1% no primeiro semestre de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018.

“Os aplicativos estão cada vez mais presentes, cada vez mais utilizados nas empresas e em caminhoneiros autônomos, e esses aplicativos agora buscam cada vez mais ganhar escala, aumentar a sua escala de usuários, uma vez que eles entregam soluções cada vez melhores e mais dinâmicas para esses usuários e também aumentar a gama de serviços prestados.” afirma Bernardo Lage, sócio fundador do aplicativo de transporte de frete Pega Carga.

Desde 2017 o empreendedor acompanhou de perto o recente fortalecimento do mercado de motoristas autônomos com o uso de WhatsApp para combinar suas ações pelo Brasil e afirma que os aplicativos de transporte também estão se tornando cada vez maiores na capacidade de operação, com uma gama maior de serviços e oportunidades para os nichos nos quais eles atuam. O Pega Carga, por exemplo, trabalha para oferecer as soluções mais completas do mercado de frete rodoviário, seja para transportadora ou para o caminhoneiro.

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