FNP se manifesta contra pleito dos terminais arrendados TVV e Peiú

"Já existem muitos portos da iniciativa privada. Em contrapartida, temos poucos portos públicos no Estado”, afirmou presidente da federação

O presidente da FNP (Federação Nacional dos Portuários), Eduardo Guterra, se manifestou essa semana em relação ao pleito dos terminais arrendados TVV e Peiú, em Vila Velha (ES), junto à SEP (Secretaria Especial de Portos) para ampliação da área que ocupam em Capuaba e Paul, naquele município.

Contra a ação, ele levantou alguns questionamentos: “Como ficará a arrecadação da Codesa para fazer frente aos seus compromissos sociais e até previdenciários, caso o arrendamento seja autorizado? E como ficarão os nossos empregos, visto que atuamos, especialmente, no porto público?

Para Guterra já existem muitos portos da iniciativa privada, no Estado “sem falar nos vários projetos de construção de portos privados em andamento”. Em contrapartida, ele disse terem poucos portos públicos no Estado, e que esses “tem papel importante na economia local e na geração de postos de trabalho”. “É importante destacar que o porto público de Vitória terá perda de área com a construção do novo eixo poligonal”, lembrando que está em fase de consulta pública, proposta pela SEP e Codesa.

“Entendo que se houver avanço ainda maior da iniciativa privada, especialmente sobre os berços públicos, isso será desastroso para as empresas que fazem operação portuária e, por consequência, para os trabalhadores do setor” e lembra que outro agravante é que esta concentração pode levar a um monopólio, “implicando em questões mais graves como abuso de preços e perda de mais postos de trabalho”, revelou.

Para ele, antes de qualquer decisão, todas essas questões precisam ser apresentadas à sociedade capixaba com transparência e verdade. “Acho que o TVV e o Peiú precisam respeitar os seus contratos de concessão. Defendo que os berços públicos, onde os operadores portuários atuam, sejam preservados e melhorados”, finalizou.

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