A empresa de transporte de contêineres com sede em Israel, em um comunicado divulgado na semana passada, disse que havia celebrado um “amplo acordo de cooperação estratégica para a compra direta de frete marítimo, melhorando os serviços de logística para os vendedores do Alibaba.com. Sobre o acordo, a ZIM fornece frete marítimo e serviços por meio de uma interface direta com a plataforma de logística do Alibaba.com”.

Os detalhes deste acordo não são claros. A Alibaba já teve uma série de acordos com companhias marítimas, como Maersk e CMA CGM, bem como ZIM, para a compra antecipada de capacidade em seus navios.

No entanto, parece que esse novo acordo é diferente. A ZIM disse que o objetivo é “melhorar o processo de visualização da plataforma de logística do Alibaba.com” a fim de criar “serviços de entrega de logística global estáveis, de alta eficiência e visíveis para os vendedores do Alibaba.com”. A partir dessa declaração, parece que o Alibaba está procurando construir um nível mais alto de previsibilidade em seus sistemas de logística, indo além da pré-compra de espaço de transporte. Em vez disso, parece estar se movendo em direção a uma solução mais integrada, que embora não seja propriedade, oferece alguns dos benefícios da integração vertical.

A cooperação, em vigor desde o início deste ano, melhorou efetivamente o processo de visualização da plataforma  e se mostrou benéfica para as partes interessadas do Alibaba.com. A extensa rede de linhas da ZIM fornece serviços de entrega de logística global estáveis, de alta eficiência e visíveis para os vendedores do Alibaba.com, juntamente com atendimento ao cliente de alto nível, suporte ao produto e otimização do sistema . Conseqüentemente, ZIM e Alibaba.com estão avaliando opções para expandir sua cooperação.

O Alibaba é superado apenas pela Amazon em termos de tamanho de sua presença no varejo eletrônico, embora o Alibaba esteja predominantemente focado na China, seus negócios também abrangem operações business-to-business mais abaixo na cadeia de abastecimento. Como a Amazon, ela tem lutado para construir uma capacidade de logística verticalmente integrada, tanto para suas próprias atividades de varejo quanto para seus comerciantes que vendem por meio de seu site. No entanto, até agora o Alibaba não construiu o tipo de capacidade que a Amazon criou, por exemplo, em frete aéreo.

O acordo com a ZIM ilustra como os principais participantes do comércio eletrônico enfrentam cada vez mais a necessidade de obter maior controle e economias de escala sobre seus ativos de logística física. Isso não pode parar nos acordos de colaboração. É possível que os varejistas eletrônicos passem a deter a posse de tais ativos no médio prazo.