A Santos Brasil encerrou o 4T21 com um crescimento de 6,3% na movimentação consolidada (vs. o 4T20), somando 321.663 contêineres em seus três terminais -- Santos (SP), Imbituba (SC) e Vila do Conde (PA). Houve crescimento na movimentação de contêineres mesmo sobre uma base de comparação (4T20) atipicamente elevada, devido à sazonalidade tardia das importações no Porto de Santos em 2020, em razão da pandemia da Covid-19.

No consolidado do ano, a Companhia movimentou 1.301.435 contêineres, um crescimento de 20,6% frente a 2020. As operações portuárias e logísticas da Santos Brasil, no ano passado, foram impulsionadas pelos maiores volumes movimentados e um mix de carga balanceado, com destaque para as importações de bens de consumo, insumos industriais, componentes automotivos, produtos químicos, farmacêuticos entre outros. As exportações de commodities também contribuíram para o ritmo acelerado nas movimentações de contêineres nos terminais da Santos Brasil. A demanda por logística se intensificou e, não fossem os gargalos nos transportes marítimo e terrestre globalmente, os volumes teriam sido ainda maiores.

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O Tecon Santos movimentou 287.930 contêineres no 4T21, crescimento de 7,3% YoY -- frente a uma queda de 2,8% do Porto de Santos no mesmo período. No consolidado do ano, a movimentação foi de 1.149.987 contêineres, o que representa um crescimento de 22,7% frente a 2021 e superior ao aumento de 10,0% registrado na movimentação de contêineres do Porto de Santos. O market share da Companhia no porto de Santos também cresceu, chegando a 39,8% (vs. 36% em 2020).

No Tecon Imbituba, a movimentação de contêineres foi de 11.225 contêineres no 4T21 (+46,3% YoY). No ano de 2021, o crescimento foi de 4,6%, somando 43.581 contêineres. Em relação ao TCG Imbituba, o 4T21 registrou volume de 118.281 toneladas de carga geral (+19,8% YoY), resultado dos maiores embarques de commodities alimentícias e celulose.

O Tecon Vila do Conde apresentou queda de 15,5% YoY, com a movimentação de 22.508 contêineres no 4T21. O terminal sentiu os efeitos da escassez de contêineres vazios para exportação, com represamento de embarques, além do embargo chinês à carne brasileira. No consolidado do ano, o Tecon Vila do Conde apresentou crescimento de 8%, tendo movimentado 107.867 contêineres.

Na Santos Brasil Logística, o volume de armazenagem de contêineres no 4T21 totalizou 19.991 unidades (+42,4% YoY), fruto das maiores importações de contêineres cheios no Porto de Santos, inclusive com maior captação de contêineres de outros terminais para armazenagem nos CLIAs Santos e Guarujá. O Terminal de Veículos (TEV) movimentou 50.722 unidades no 4T21, uma queda de 3,4% YoY.

A Receita Líquida consolidada da Santos Brasil somou R＄ 443,5 milhões no 4T21 (+70,2% YoY), resultado dos maiores volumes movimentados, melhora no mix dos serviços prestados e, principalmente, da elevação do ticket-médio em todas as unidades de negócio, principalmente no Tecon Santos. Em 2021, a Receita Líquida consolidada totalizou R＄ 1,5 bilhão, um aumento de 65% em relação a 2020 e 58% superior a 2019.

O EBITDA foi de R＄ 158,2 milhões no 4T21 (+94,1% YoY), com margem de 35,7%. Excluindo-se os efeitos não recorrentes, o EBITDA do 4T21 somou R＄ 176,2 milhões, com margem de 39,7%. Em 2021, o EBITDA totalizou R＄ 564,0 milhões (+166,2% vs. 2020), com margem de 36,8%, ou R＄ 578,5 milhões em base recorrente (+180,4% vs. 2020), com margem de 37,7%, em linha com o valor máximo do Guidance reportado pela Administração.

No 4T21, a Santos Brasil registrou Lucro Líquido de R＄ 113,8 milhões. Em 2021, o Lucro Líquido foi de R＄ 271,7 milhões, revertendo prejuízo líquido de R＄ 13,8 milhões em 2020.

A Companhia anunciou, em 16/12/2021, o pagamento de dividendos intermediários e juros sobre capital próprio no montante total de R＄ 224,2 milhões e em 09/03/2022, o pagamento de dividendos complementares de R＄ 33,9 milhões, com uma distribuição total de R＄ 258,2 milhões relativa ao exercício social de 2021, entre dividendos e juros sobre o capital próprio, o equivalente a R＄ 0,30 por ação.

O total de investimentos realizados pela Santos Brasil na expansão e modernização de seus ativos foi de R＄ 239,8 milhões em 2021.

De acordo com Daniel Pedreira Dorea, diretor econômico-financeiro e de relações com investidores, o ano foi excelente, embora pudesse ter sido ainda melhor, não fossem os gargalos logísticos globais. “O resultado de 2021 mostra crescimento em todas as unidades de negócio da Companhia. Não decorre de um ano extraordinário, mas de um trabalho que vem sendo construído há alguns anos. Estávamos preparados para aproveitar as chances. Notemos que, em 2021, o porto de Santos cresceu 10%, já a Santos Brasil, 21%, o que evidencia como a empresa estava pronta para atender, com excelência, a demanda que se apresentou. Em 2022, a expectativa é de superar o ano que passou”, diz.

Para 2022, a expectativa da companhia é que os gargalos se dissipem e que os volumes cresçam de uma forma mais tímida, mas com expansão de margem.