Terminais da CODEBA são leiloados por R$ 62,5 milhões

Um disputa acirrada marcou o leilão dos terminais ATU 12, de granéis líquidos, e ATU 18, de granéis vegetais, ambos no Porto de Aratu-Candeias, na última sexta-feira (18), na Bolsa de Valores de São Paulo. A CS Brasil Transportes de Passageiros e Serviços Ambientais arrematou os dois por R$ 62,5 milhões. O valor de outorga para o ATU 12 foi de R$ 10 milhões, com proposta única. O ATU 18 recebeu três propostas válidas. Com lances à viva-voz, a CS Brasil disputou o lote com a Intermarítima Portos e Logística SA.

Os investimentos globais previstos na área são de R$ 363 milhões. Ao final dos contratos, de 25 anos (ATU12) e 15 anos (ATU18), a movimentação deve chegar a 10 milhões de toneladas/ano. Os diretores Ana Paula Calhau, de Gestão Comercial e Desenvolvimento, Augusto Cesar Posada, de Infraestrutura e Gestão Portuária e Jenner Augusto Silveira, de Gestão Administrativa e Financeira representaram a CODEBA no leilão.

O projeto prevê a implantação de equipamentos e edificações para desembarque, embarque e armazenagem. Os terminais vão atender às demandas da produção agrícola da região chamada de Matopiba: formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

O diretor-presidente da CODEBA, Carlos Autran, comemorou o sucesso do leilão. Para ele, o Brasil vive um momento estratégico economicamente e o setor portuário é peça fundamental para o crescimento do país. “O resultado superou as nossas expectativas. A área tem um potencial invejável. A Bahia e o Brasil podem celebrar esse dia”, disse.

OS TERMINAIS

•Projeto ATU12 (brownfield) – destinado à movimentação de granéis sólidos, principalmente fertilizantes, concentrado de cobre, coque de petróleo e minérios diversos, com destaque para o minério de ferro. São aproximadamente 160 mil m², com expectativa de movimentação média de 2 milhões de toneladas/ano.

•Projeto ATU 18 (greenfield) – destinado à movimentação de granéis sólidos vegetais - grão de soja, farelo de soja, trigo e malte. Área de 51.6 mil m², projetada para movimentar 8 milhões de toneladas/ano, ao fim do contrato.

Este foi o último leilão do ano para arrendamento de áreas portuárias, realizado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura. O primeiro na Bahia. “A disputa acirrada pelo terminal de Aratu é uma prova de que existem empresas que acreditam no Brasil”, celebrou o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Concluídas as melhorias previstas nos contratos de arrendamento, os terminais começam a operar com a nova capacidade. A previsão é 2024.

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