Produção nacional e importações devem aumentar oferta de gás natural no Brasil em 34% até 2032

O total de gás injetado na malha nacional deve saltar de 134 milhões de m³/dia projetados para este ano para 182 milhões de m³/dia em 10 anos

Uma recente projeção da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) aponta que a oferta de gás natural na rede brasileira deve crescer 34% de 2023 a 2032. A alta será impulsionada por causa do aumento na disponibilidade de gás nacional, fruto de novos projetos que devem entrar em operação. A EPE considerou também a capacidade de importação por navios e o gás vindo da Bolívia.

Segundo o órgão, a estimativa é que o total de gás injetado na malha de dutos nacional saia dos 134 milhões de m³/dia projetados para este ano para 182 milhões de m³/dia em 10 anos. Em 2022, a oferta de gás na rede ficou em 116 milhões de m³/dia. O estudo indica que a demanda também deve acompanhar a oferta. A expectativa é que o consumo aumente em 26%. De acordo com a EPE, o país deve sair dos atuais 101 milhões de m³/dia de gás consumidos em 2022 para 126 milhões de m³/dia em 2032.

Esse aumento seria puxado principalmente pelo aumento das demandas industrial, comercial e residencial. Também é projetado maior consumo de gás em termelétricas, em função de novas unidades que devem entrar em operação, e, em menor escala, aumento de consumo em fábricas de fertilizantes nitrogenados e refinarias.

Embora considere tanto o gás importado como o produzido localmente, os dados da EPE afirmam que o maior salto na oferta de gás se dará por causa da produção nacional. O volume de gás brasileiro que entra na rede de gasodutos deve crescer dos atuais 49 milhões de m³/dia para 86 milhões de m³/dia no período. O motivo principal é a entrada de novos campos produtores de grande porte de 2027 a 2032.

A infraestrutura de gás também deve ser ampliada com novas UPGNs (unidades de processamento de gás natural) e gasodutos previstos para entrar em operação na próxima década. O crescimento deve ser ainda mais expressivo na região Nordeste, que hoje concentra o maior número de novos fornecedores e, na média, pratica os preços de molécula mais competitivos do país. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as distribuidoras e consumidores livres da região pagam, em média, R$ 76,2 por milhão de BTU. É 15,8% a menos que os valores pagos no Sudeste, e 17,9% a menos que no Sul/Centro-Oeste.

É nessa esteira que a companhia pernambucana Elétron Energy passa a atuar. A empresa, que é uma das maiores de energia da região Nordeste e referência em energia renovável no Mercado Livre de Energia, passará também a comercializar gás natural. Segundo a Resolução 225/2023 da Agência Reguladora de Pernambuco, a companhia está autorizada a prestar serviços locais de gás canalizado no Estado de Pernambuco.

“Na Elétron Energy, nosso objetivo é oferecer aos clientes energia mais barata, mais acessível e mais democrática. Com a nossa expertise em fontes renováveis de energia, acreditamos muito no potencial do gás natural como fonte energética versátil, boa para a economia e para a sociedade. É uma fonte que tem aplicação em diversos setores da economia, como a indústria, comércio e residências”, explica o CEO André Cavalcanti.

Segundo a EPE, o volume de gás brasileiro que entra na rede de gasodutos deve crescer dos atuais 49 milhões de m³/dia para 86 milhões de m³/dia no período de dez anos.



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