A Wilson Sons, deu início, em 16 de setembro, à operação do seu mais novo rebocador, o WS Castor, que apresenta tecnologia sustentável e impressionante potência. Esta embarcação é a quarta de uma série de seis que estão sendo construídas pela empresa em seus estaleiros localizados no Guarujá, SP. O WS Castor está destinado a operar no complexo portuário de Santos, o maior da América Latina, e possui as capacidades essenciais para apoiar as manobras de atracação e desatracação da nova geração de navios de contêineres, com até 366 metros de comprimento, que estão previstos para operar neste porto.

Até o momento, três embarcações desta série já foram entregues (WS Centaurus, WS Orion e WS Rosalvo) desde julho de 2022, e as duas restantes receberão seus nomes até 2024. Importante destacar que todos esses rebocadores foram financiados pelo BNDES, por meio do Fundo da Marinha Mercante (FMM).

O grande destaque é que esses quatro rebocadores já entregues são os primeiros no Brasil a seguir o padrão IMO TIER III, da Organização Marítima Internacional, que atesta uma notável redução de até 70% na emissão de óxidos de nitrogênio. Este padrão é normalmente exigido apenas em áreas de controle de emissões, como em regiões da América do Norte e da Europa. Além disso, o projeto de casco desenvolvido pela Damen Shipyards (RSD 2513) contribui para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, com uma estimada redução de até 14% no consumo de combustíveis fósseis quando comparado com rebocadores de tração estática similar.

Os inovadores sistemas de duplas quilhas (twin fins) não apenas melhoram a navegabilidade, mas também aumentam a capacidade de arrasto nas manobras, resultando em menor consumo de combustível e, consequentemente, redução nas emissões. Com mais de 90 toneladas de tração no cabo de manobra (bollard pull), esses novos rebocadores se destacam como os mais potentes em operação no Brasil. Possuindo 25 metros de comprimento e 13 metros de largura (boca), eles também contam com a certificação de combate a incêndio (Fi-Fi 1), com uma impressionante vazão de 2.400m³ de água por hora. Além disso, sua versatilidade permite que operem eficazmente tanto em manobras portuárias quanto em rebocagem oceânica.

Rodrigo Bastos, diretor de Operações da divisão de Rebocadores da Wilson Sons, ressalta: "Atualmente, os outros três novos rebocadores estão operando em portos de grande movimentação e atendendo à demanda de apoio a navios de maior porte. Desde que entraram em operação, realizaram mais de 1.500 manobras, com destaque nas operações portuárias onde estão alocados."