A Raízen acaba de receber a certificação ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation), comprovando que o etanol produzido na usina de bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba (SP), atende aos requisitos internacionais para a produção de Combustível de Aviação Sustentável (Sustainable Aviation Fuel – SAF). Com essa conquista, a Raízen se torna a primeira produtora de etanol do mundo a alcançar tal certificação.

A certificação consolida a posição da Raízen como pioneira no fornecimento de etanol para a produção de SAF, tanto no Brasil quanto globalmente. Isso reforça o compromisso da empresa com a inovação e a sustentabilidade, posicionando-a como líder na transição energética em setores desafiadores de descarbonização, como a aviação.

A certificação ISCC (International Sustainability & Carbon Certification) é um sistema global abrangente que engloba toda a cadeia de valor dos biocombustíveis, desde o cultivo da biomassa até o consumo final. Seu objetivo é assegurar que os biocombustíveis sejam produzidos de maneira sustentável, respeitando critérios sociais, ambientais e econômicos. Por outro lado, o programa CORSIA é mantido pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), uma agência especializada das Nações Unidas, destinado a mitigar as emissões de CO2 provenientes da indústria da aviação.

"Buscar alternativas mais limpas e sustentáveis é um desafio global, e nosso objetivo é contribuir com esse esforço por meio do etanol de cana-de-açúcar", afirmou Francis Queen, Vice-Presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen. "Por meio de ganhos crescentes em produtividade e investimentos em inovação de processos, conseguimos produzir etanol de maneira mais eficiente, resultando em uma pegada de carbono em constante redução que atende aos padrões internacionais de sustentabilidade. A certificação do nosso etanol é uma validação de que estamos no caminho certo para contribuir com a descarbonização de todos os setores da economia."

Setores que apresentam desafios na descarbonização devem impulsionar a demanda por etanol, especialmente no caso do SAF. Produzido a partir de matérias-primas renováveis, o SAF pode reduzir até 80% das emissões totais de gases de efeito estufa em comparação com o combustível de aviação fóssil, de acordo com estimativas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). A ICAO estabeleceu metas ambiciosas para a redução de emissões no setor de aviação, e o uso de SAF é uma estratégia chave para alcançar esses objetivos. Em resposta a esses desafios, a indústria global da aviação comprometeu-se a reduzir gradualmente as emissões e alcançar emissões líquidas zero até 2050.

Estima-se que a demanda global por SAF alcance aproximadamente 20 milhões de metros cúbicos até 2030. Se 25% dessa demanda for atendida pela tecnologia Alcohol-to-Jet (AtJ), isso gerará uma demanda adicional de cerca de 9 milhões de metros cúbicos de etanol, representando menos de 10% da produção global atual.

"Como detentores da única usina de etanol certificada no mundo, temos a oportunidade de impulsionar o desenvolvimento do mercado global de SAF, atraindo o interesse de países onde a sustentabilidade é um fator determinante nas negociações comerciais", celebrou Paulo Neves, Vice-Presidente de Trading da Raízen. "Estamos sempre atentos às necessidades do mercado e, o que é ainda mais importante, às necessidades de nossos clientes, para oferecer soluções personalizadas de baixo carbono. Este é apenas mais um passo em direção ao nosso objetivo de ser o parceiro preferencial em diversos mercados, oferecendo soluções variadas."