Parallaxis Dots | Brexit
Especializada na elaboração de relatórios inteligentes de mercado, a Parallaxis lança novo boletim para pincelar os temas da atualidade
Parceira do Guia Marítimo, a Parallaxis lançou nesta semana um novo formato de relatório sobre assuntos da esfera econômica, que batizou de Parallaxis Dots, com o objetivo de comentar rapidamente os desdobramentos do dia a dia e “provocar” o leitor com breves insights. O primeiro relatório da série abordou o Brexit assunto que clama por atenção no comércio exterior e na política internacional nesta semana.
“Acreditamos que o impacto no Brasil deve ter efeito secundário, não muito diretamente. Questões como essa, que envolvem geopolítica, tendem a ter esses efeitos mais imperceptíveis”, declarou a equipe técnica da Parallaxis, que listou em três tópicos os possíveis impactos sobre a economia:
1. Comércio Brasil x Reino Unido (RU) - Brasil x União Europeia (UE)
A Balança Comercial com o RU não é desprezível. O nosso saldo com a terra da rainha foi de cerca de US$ 100 mi de superávit em 2015, somando US$ 5,7 bi na corrente internacional de comércio. Já com a UE como um todo, nosso saldo foi deficitário em US$ 2,7 bi e a corrente de comércio de US$ 70,6 bi, no mesmo período. A soma de nossas exportações para a UE foi de US$ 33,9 bi, enquanto, para o Reino Unido, foi de US$ 2,9 bi (11,7% do total da UE). Sendo esse comércio com RU e EU importantes para a atividade brasileira, uma desaceleração dessas tenderia a reduzir suas importações do Brasil. Contudo, sabemos que, no caso de o Brexit de fato se consumar, o RU precisará rever todos seus acordos comerciais, e é aí que surge uma janela de oportunidade para o Brasil.
Porém, a princípio, vamos esbarrar em algumas questões: estará o RU mais disposto a acordos bilaterais com as nações emergentes, ou eles vão se voltar a um nacionalismo com aumento do protecionismo? Eles irão modificar seus padrões de importações, deixando de consumir industrializados dos países europeus e passar a importar os nossos? Qual impacto de fato o Brexit terá em sua atividade e na atividade econômica da UE, de modo que isso chegue a dragar ainda mais os preços das commodities para baixo e diminua o ritmo de importação dos produtos brasileiros?
Tendemos a acreditar que haverá uma redução na atividade do bloco europeu e do reino, que consequentemente passariam a importar menos do Brasil e os preços das commodities poderiam cair ainda mais, devido a atividade global mais letárgica.
2. Atividade global
O Brexit tende a impactar o crescimento econômico, já bastante ruim, tanto da EU, quanto do RU, o que tende a diminuir ainda mais nossas exportações para esses destinos. Porém, não sabemos até que medida. A questão é que isso desacelera ainda mais o ritmo de crescimento global, e, por conseguinte, o comércio global. Para receber um relatório mais aprofundado sobre o assunto, entre em contato com a Parallaxis.
3. Mercados financeiros
Como terceiro ponto, o referendum trouxe muita volatilidade aos mercados financeiros, e gerou novas peregrinações de capitais para ativos de menor risco, como os das economias norte americana e japonesa, que ainda são os "safe heaven" da economia global, sem dizer o ouro.
Por outro lado, países como o Brasil, considerados ativos de risco e que atravessam dificuldades, tendem a ser impactados pela menor liquidez e por esse menor apetite a risco global.
Teremos bastante agitação nos mercados e um futuro bastante incerto com relação ao que vai ser feito para essa desvinculação do RU da UE e como se dará e em qual prazo. Porém, não há dúvidas de que janelas de oportunidades se abrem para um Itamaraty atuante, que saiba aproveitar a vantagem do câmbio desvalorizado e consiga promover nossas exportações, especialmente de produtos mais complexos para o RU.
Considerando as conjunturas, estamos inclinados a acreditar que o Brasil não conseguirá aproveitar essa oportunidade – não porque não queira, mas porque acreditamos que o RU vai estar bastante ocupado arrumando a casa, ao passo que, historicamente, o Brasil tem sempre se posicionado junto à França/UE, que hoje está “de mal” com o RU. Pode ser que o Itamaraty mude isso, mas ainda temos que aguardar as movimentações nesse sentido.
Parallaxis
A Parallaxis automatiza a coleta dos dados diretamente na fonte e realiza o tratamento estatístico, a fim de elaborar relatórios estratégicos que possibilitam aos clientes traçar cenários, estratégias de inserção nos mercados, direcionar investimentos e outras decisões. A empresa cria portais com informações e indicadores setoriais atualizadas em tempo real, a partir de algoritmos de data mining que capturam os dados (inputs) e alimentam o sistema que através da programação dos motores de cálculo que geram os indicadores setoriais e econômicos (outputs) apresentados numa plataforma online.
O desafio primordial da Parallaxis é romper com as análises econômicas convencionais, buscando ferramentas de inteligência artificial para “enxergar aquilo que o mercado não vê”. Com as ferramentas personalizadas para cada cliente, as nuances do mercado podem ser acompanhadas em tempo real por meio de algorítimos que possibilitam análises simples e diretas.
O Guia Marítimo News publica somente versões compactas dos relatórios Parallaxis. Os relatórios originais são preparados pela Parallaxis Consultoria e distribuídos apenas para clientes, com a finalidade única de prestar informações sob indicadores econômicos em geral. Não possuindo a Parallaxis Consultoria qualquer vínculo com pessoas que atuem no âmbito das companhias analisadas, assim como a empresa não recebe remuneração por serviços prestados ou apresenta relações comerciais com as companhias analisadas. Apesar de ter sido tomado todo o cuidado necessário de forma a assegurar que as informações no momento em que as mesmas foram colhidas, a precisão e a exatidão de tais informações não são por qualquer forma garantidas e a Parallaxis Consultoria por elas não se responsabiliza. Os preços, as opiniões e as projeções contidas nos relatórios estão sujeitos a mudanças a qualquer momento sem necessidade de aviso ou comunicado prévio. Não podem ser interpretados como sugestão de compra ou de venda de quaisquer ativos e valores imobiliários. Não podem ser reproduzidos, distribuídos ou publicados por qualquer pessoa, para quaisquer fins.
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