Panalpina refreia aquisições para dar prioridade a TI

A empresa acredita que o setor vai avançar em um ritmo muito mais acentuado do que o previsto pela maioria das pessoas

Durante a apresentação dos resultados da empresa em 2015, o CEO da Panalpina, Peter Ulber, atualizou os participantes sobre as funcionalidades da plataforma de gerenciamento de transportes que está implantando na companhia, descrevendo a nova ferramenta como o projeto mais abrangente de tecnologia até hoje, que será a “base para o futuro crescimento sustentável”. No mês passado, a Panalpina havia anunciado a aplicação do novo software simultaneamente na Suíça e Cingapura, porém somente no transporte marítimo, feita em dezembro de 2015.

Ulber ainda declarou, de acordo com artigo publicado pelo Lloyds List, que espera que a Panalpina termine o ano de 2016 com 50% de todas as transações gerenciadas pela nova plataforma, para avançar outros 40% em 2017, ficando o restante, que envolve países menores, para o futuro. De acordo com o executivo, a empresa ainda está conseguindo rodar o novo sistema em paralelo com o antigo, o que diminui o risco de perda de dados. “Desta forma, se algum problema ocorrer em determinada área, podemos voltar ao sistema anterior, uma grande vantagem sobre o processo por que passam os nossos concorrentes”, afirmou o CEO da companhia.

Além do investimento estimado em cerca de US$ 200 milhões, a nova plataforma de TI representará, para a a Panalpina, um avanço de anos na estrutura da empresa. “Em poucos anos, seremos uma das poucas empresas deste segmento a ter passado por esta transformação”.

A empresa de análise de investimentos em logística, Stifel, identifica a vantagem de oferecer uma plataforma internacional como um dos mais fortes indicadores de lucratividade para as empresas de logística e transitários de carga. Assim como a falha na escolha do produto também pode significar grandes prejuízos, o que ficou bastante marcado com a frustrada implantação do sistema adotado pela DHL Global Forwarding. Em outubro de 2015, a DHL sofreu um prejuízo massivo que chegou a comprometer ativos da empresa em decorrência de uma aplicação malsucedida da plataforma de tecnologia.

No início deste mês de março, o CEO da DHL, no entanto, Frank Appel, declarou à imprensa que os rumores sobre a empresa estar colocando à venda a divisão de freight forwarding (DGFF DHL Global Forwarding, Freight) "não fazia sentido algum". “Sim, enfrentamos alguns desafios, comentemos alguns erros, mas já os corrigimos”, afirmou o executivo. "Neste momento, estamos trilhando um caminho muito mais claro. Encontramos abordagens melhores para a situação: se as iniciativas não funcionam em um primeiro momento, mas você deseha inovar, se você quer ser inovador, é comum cometer erros de vez em quando" disse Appel para a imprensa internacional, acrescentando ainda: "às vezes, infelizmente, isso pode gerar custos, no entanto precisamos nos perdoar e seguir em frente, que é o que estamos fazendo". 

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