Índia incentiva cabotagem, porém taxas não facilitam
Calculadas pela TAB em vez de TPB, as taxas chegam a aumentar o valor em três vezes
A Hyundai começou a utilizar um novo serviço de cabotagem entre o sudeste e noroeste da Índia, organizado pela Link Shipping and Management Systems para o transporte de veículos. No entanto, as altas taxas portuárias andam desestimulando cada vez mais linhas de navegação a entrar no mercado indiano de cabotagem para veículos acabados, de acordo com Mandeep S Tiwana, proprietário da IDM Symex, navio ro-ro que transportou os veículos na primeira semana deste mês.
No início de fevereiro, a IDM Symex carregou um primeiro volume de 800 veículos no Porto de Chennai, com destino a Pipanav, de onde seguiram para as concessionárias do noroeste da Índia. Foi o primeiro lote nacional de veículos acabados embarcados após a decisão do Ministério do Transportes para afrouxar a regulamentação sobre a cabotagem em determinados navios, permitindo que os embarques de bandeira estrangeira de veículos acabados fossem feitos em rotas costeiras domésticas.
Pipavav havia começado a exportar serviços ro-ro em agosto do ano passado, depois do investimento feito pela NYK Auto Logistics India e APM Terminals em uma unidade de armazenagem e PDA de ponta. De acordo com a administradora de terminais, os incentivos de transferência de modais, atualmente em fase de avaliação por parte do governo, deveriam incentivar mais a transferência das cargas domésticas, para o mar, e inclusive o governo indiano declarou que os navios ro-ro são essenciais para o sucesso dos esforços em desenvolver a cabotagem e descongestionar as estradas e ferrovias.
Porém, da forma como são calculadas as taxas portuárias, a modalidade tem dissuadido outras linhas de aderir aos embarques domésticos: as tarifas para os navios ro-ro são determinadas pela TAB (tonelagem de arqueação bruta, que calcula o volume interno da embarcação), em vez de TPB (tonelagem de porte bruto, que diz respeito à diferença entre o peso do navio com o máximo de carga autorizado e o peso do navio leve), o que chega a significar uma diferença de até três vezes o valor da taxa, uma vez que o TAB para os navios padrão é cerca de 66% da TPB; em navios ro-ro, o TAB pode ser 400% maior do que TPB.
Leia na íntegra em Automotive Logistics.
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