Governo prevê R$ 30 bilhões em concessões portuárias até 2026, afirma ministro Silvio Costa Filho

Concessões portuárias somarão R$ 30 bi até 2026 e incluem Santos, Paranaguá e hidrovia do Paraguai

As concessões no setor portuário, promovidas pelo governo federal entre 2023 e 2026, devem somar R$ 30 bilhões em investimentos, reforçou nesta segunda-feira (8) o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante o Fórum de Infraestrutura da Veja, em São Paulo.

Segundo o ministro, serão realizados mais de 60 leilões até o fim do atual governo, superando os 41 realizados em uma década anterior. “Em 2024 tivemos o melhor ano das concessões na história do Brasil, incluindo portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e hidrovias. Isso significa mais de R$ 200 bilhões em investimentos contratados, com forte impacto social e de geração de empregos”, destacou.

Entre os projetos que compõem os R$ 30 bilhões previstos para o setor portuário, Costa Filho citou o Túnel Santos-Guarujá, marcado para leilão em setembro, com aporte estimado em R$ 6 bilhões; o Tecon Santos 10, que ampliará em 50% a capacidade do Porto de Santos, com R$ 5,6 bilhões em investimentos; e a primeira concessão de dragagem de canal de acesso, no Porto de Paranaguá (PR), estimada em R$ 1 bilhão e que servirá de modelo para outras operações, como Santos.

O ministro também ressaltou a importância da agenda de desenvolvimento sustentável. Ele lembrou que o Plano Nacional de Logística (PNL), com horizonte até 2035, prioriza investimentos que promovam eficiência, competitividade e descarbonização do setor.

Hidrovias e cabotagem

Entre os anúncios, está a primeira concessão de hidrovia do País, no rio Paraguai, que deverá reduzir custos logísticos em até 40%. Outras hidrovias em estudo incluem Madeira, Lagoa Mirim, Tocantins e Tapajós.

Costa Filho também citou o BR do Mar, programa que busca ampliar o transporte por cabotagem ao longo dos mais de 8 mil km de costa brasileira. “Queremos transformar nossa costa em grandes BRs aquaviárias, fortalecendo a logística nacional”, disse.

Avanços em outros modais

No setor aéreo, o ministro destacou o aumento do fluxo de passageiros: de 98 milhões em 2022 para uma expectativa de 135 milhões em 2025. Entre os programas em andamento, estão o AmpliAR, com R$ 1,25 bilhão para aviação regional, e o Investe+ Aeroportos, que prevê R$ 4,5 bilhões em projetos de modernização e expansão da malha aeroviária.

“O Brasil vive hoje um dos melhores momentos de sua história em termos de concessões e atratividade para investidores internacionais. Estamos construindo uma agenda de infraestrutura integrada, capaz de gerar emprego, renda e competitividade para o país”, concluiu o ministro.



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