ABIMAQ apoia o novo governo

Associação ligada à indústria defende a realização de reformas e redução dos gastos públicos

Com o anúncio do novo governo à frente da presidência da República, a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) declarou que “espera que o Brasil volte a trabalhar e fazer a sua lição de casa no sentido de recuperar a economia e recolocar o país no rumo do desenvolvimento”.

A entidade afirmou que apoia integralmente as propostas do governo de corte de gastos. “Junto com a Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ), nós apoiamos a votação, o mais rápido possível, da PEC da limitação dos gastos públicos e incentivamos as reformas da previdência e trabalhista”, analisa o presidente executivo da ABIMAQ, José Velloso.

O presidente executivo acredita que o ajuste fiscal é necessário para que o país volte a crescer, o que deve exigir, forçosamente, o corte de despesas. “Entendemos que não existe espaço na economia para o aumento de impostos. As empresas já estão asfixiadas, o brasileiro já está endividado e não há como apresentar para a sociedade mais aumento de impostos”, afirma.

Além disso, para Velloso, o governo precisa, neste momento, entrar em um ciclo de retomada do crescimento e dos investimentos e, para isso, deve reduzir a taxa de juros, o maior concorrente dos investimentos no Brasil e do setor de máquinas e equipamentos para voltarem a crescer.

O comunicado da ABIMAQ afirma também que o governo necessita, urgentemente, combater a inflação, cortando despesas públicas e abrindo espaço para uma forte redução dos juros. Precisa também de uma política cambial que torne a economia brasileira mais competitiva.

“Nos próximos dias, nós trabalharemos fortemente, junto à FPMAQ e aos meios que temos influência, para que o governo tenha sucesso no corte das suas despesas o mais rápido possível”, destaca Velloso.

Em relatório de desempenho do setor de bens de capital mecânicos, a associação revelou que, no mês de julho, as exportações de máquinas e equipamentos registraram queda de 13% em relação às efetuadas no mês anterior, e de 8,6% em relação às realizadas em julho de 2015. No ano, o setor voltou a registrar queda em relação a 2015 (-0,3%). Em quantidade houve queda de 12,9% na margem, mas ainda crescimento a 12,4% no ano. A queda ocorreu em quase todos os setores, mas foi ainda mais intensa nos setores relacionados a Infraestrutura e indústria de base (50,1%), Bens de consumo (-18,7%), indústria de transformação (1,8%) e Petróleo e energia renovável (79,2%). Houve redução da participação relativa na América Latina e forte aumento na China.

As importações brasileiras do setor também tiveram queda significativa, resultante da redução da entrada de quase todos os tipos de máquinas, com exceção de componentes para a indústria de bens de capital e para petróleo e energia renovável (que cresceram, respectivamente, 26,4% e 80,2%). No ano, houve crescimento das importações de máquinas apenas para o segmento de infraestrutura e indústria de base. Os Estados Unidos permaneceram na primeira posição entre os fornecedores, com participação de 16,4% no total importado em máquinas pelo país, seguidos pela China, Alemanha e Coreia do Sul.

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