Log-In conclui implantação da operação remota de portêineres no Terminal de Vila Velha

Iniciativa integra o plano de modernização do TVV, que prevê R$ 500 milhões até 2048

O Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), administrado pela Log-In Logística Integrada, conclui a implantação do sistema de operação remota dos portêineres, tornando-se o primeiro terminal da América Latina a operar equipamentos de grande porte à distância. O projeto representa uma das etapas mais relevantes do plano de modernização em curso e consolida o avanço tecnológico do terminal.

Com um investimento de R$ 42 milhões, os três portêineres do TVV foram totalmente modernizados e equipados com Sistemas de Operação Remota (RCOS), câmeras de alta definição e visão 3D, que permitem aos operadores conduzirem as manobras a partir de uma estação dedicada, localizada em área segura do terminal. O modelo, inédito na América Latina, segue o padrão adotado em portos de referência mundial, como o de Roterdã, na Holanda, e permite operações com maior precisão e segurança, reduzindo a exposição dos trabalhadores em áreas operacionais.

Os portêineres modernizados são responsáveis pela movimentação da maior parte das cargas de contêiner que chegam e saem do Espírito Santo. Com as novas funcionalidades, passam a operar com sistema de reconhecimento óptico de caracteres (OCR) integrado ao sistema operacional do terminal (TOS), o que automatiza o registro e a conferência das cargas. As comunicações entre a estação de controle e os equipamentos utilizam laços de fibra óptica, garantindo estabilidade, resposta imediata e confiabilidade no comando remoto.

De acordo com o Diretor de Terminais da Log-In Logística Integrada, Gustavo Paixão, a implantação da operação remota é resultado de um planejamento de longo prazo e de uma estratégia de modernização gradual do TVV. “A operação remota dos portêineres é um passo estruturante dentro da modernização do terminal. É um movimento planejado, que amplia a capacidade operacional e reforça a posição do Espírito Santo como hub logístico relevante no país”, afirma o executivo.

Resultados da etapa anterior

A operação remota dos portêineres integra o programa de investimentos da Log-In, previsto no contrato de concessão renovado em 2020, que soma R$ 500 milhões até 2048. A nova fase sucede a etapa de modernização concluída em 2024, que já havia resultado em ganhos expressivos de produtividade. Entre setembro e outubro do ano passado, o TVV registrou um aumento de 39% na produtividade operacional, além de uma redução de 18% no tempo médio de permanência das embarcações e um crescimento de 15% no volume médio de contêineres movimentados por escala.

Aquele ciclo contou com R$ 48 milhões em investimentos, voltados à atualização das Ship-to-Shore Cranes (STS) com tecnologias como o Crane Management System (RCMS), Twin de Vazio, OCR e sistemas de pesagem integrados. Também foi implantado o SIMOCRANE TPS (Truck Positioning System), que melhora o fluxo de caminhões e reduz a interação manual no pátio.

Esses avanços, somados aos guindastes Mobile Harbor Cranes (MHC) adquiridos em etapas anteriores, reforçaram a confiabilidade e a sustentabilidade das operações. Os equipamentos estão preparados para operar com energia de fontes renováveis, reduzindo emissões e alinhando o terminal às práticas de eficiência ambiental.

Para Paixão, a modernização do TVV acompanha o crescimento da demanda por operações integradas e a expansão das rotas internacionais atendidas pelo terminal. “Com a ampliação da capacidade e a automação progressiva dos processos, o terminal consolida sua posição como um dos principais terminais de contêiner do Sudeste brasileiro e reforça sua vocação como polo estratégico para o comércio exterior e para a movimentação de cargas de alto valor agregado”, finaliza o executivo.

Evento de apresentação

A operação remota dos portêineres foi apresentada em um evento realizado no Terminal de Vila Velha, com a presença de autoridades e representantes do setor portuário. A ocasião marca a conclusão da fase de implantação e a integração definitiva dos novos sistemas à rotina operacional do terminal.



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