“Que Deus proteja o futuro do Brasil", diz Barbalho, que deixa o comando da SEP

No lugar do peemedebista, Maurício Muniz foi nomeado para chefiar o ministério. Eduardo Braga também anunciou que está deixando o governo

Agora é oficial, o até então ministro dos portos, Helder Barbalho, agora é ex-ministro. Barbalho entregou sua carta de demissão do cargo na última segunda-feira (18), no entanto, na terça-feira (19), o assunto ainda era tratado em segredo pela SEP (Secretaria Especial de Portos).

Somente na quarta-feira, (20), foi anunciado oficialmente o desligamento de Barbalho da SEP, que em sua carta demissionária pediu ao final: “Que Deus proteja o futuro do Brasil".

Entregue à presidente Dilma, a carta de Barbalho citou a decisão da Câmara dos Deputados de dar continuidade ao processo de impeachment da petista e disse se sentir "honrado" por ter integrado o governo. Segundo ele, no período em que esteve no Executivo, recebeu "prestígio" da presidente e trabalhou em favor dos "anseios e expectativas" da sociedade.

Muito elogiado por especialistas e empresários do setor por sua atuação nesses seis meses à frente da SEP, o ministro afirmou que, a seu ver, Dilma não cometeu crime de responsabilidade, mantendo para si a posição dele é de "respeito à democracia". "Face ao exposto, peço a Vossa Excelência que aceite o meu pedido de exoneração do cargo de ministro chefe da Secretaria de Portos", escreveu o ex-ministro na carta.

Para o lugar do peemedebista, a informação era de que Maurício Muniz, atual secretário do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), seria nomeado para chefiar o ministério, o que foi confirmado na sexta-feira dia 22 de abril. O também peemedebista Eduardo Braga, também anunciou que está deixando o ministério de Minas e Energia, a ser substituído por Marco Antonio Martins Almeida. 

Com a saída de Barbalho, restam agora no primeiro escalão do governo somente dois ministros do PMDB: Kátia Abreu (Agricultura) e Marcelo Castro (Saúde). 

Tanto Helder Barbalho quanto Eduardo Braga estavam entre os ministros do PMDB que se mantiveram na equipe ministerial mesmo após o rompimento do partido com o governo. Na hipótese de a presidente vir a ser afastada em razão do processo de impeachment que tramita no Senado, assumirá o vice-presidente Michel Temer, presidente nacional do PMDB.

Para ler a carta de demissão do ex-ministro na íntegra, clique aqui. 

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