COP30: Brasil se prepara para ser protagonista da transição energética global
ABIHV destaca papel do hidrogênio verde como vetor estratégico da descarbonização
A COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro em Belém (PA), marca o momento em que o Brasil se prepara para ocupar papel central nas discussões climáticas globais.
A Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) é o principal fórum internacional sobre o enfrentamento das mudanças climáticas. Reunindo líderes, empresas, cientistas e representantes da sociedade civil, a COP tem como objetivo definir metas e acordos para reduzir emissões de gases de efeito estufa e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono.
A edição de 2025, sediada no Brasil, promete evidenciar o potencial nacional em energias renováveis e consolidar compromissos concretos para impulsionar o desenvolvimento sustentável e a descarbonização em larga escala.
Em documento oficial preparado para a COP30, a Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV) reforça que o hidrogênio verde e seus derivados — como amônia, metanol e fertilizantes verdes — são vetores estratégicos indispensáveis para a transição energética global.
A entidade defende que o combustível seja reconhecido como elemento central das estratégias climáticas para que as metas do Acordo de Paris sejam cumpridas até 2050.
Em seu posicionamento, a ABIHV destaca que o Brasil reúne condições únicas para liderar essa agenda: matriz elétrica limpa, abundância de fontes renováveis, capacidade industrial consolidada e posição geográfica estratégica para exportação.
Além disso, o país já conta com um arcabouço legal robusto, com destaque para o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), instituído pela Lei nº 14.990/2024, que prevê R$ 18,3 bilhões em créditos fiscais até 2032 para estimular produção e consumo de hidrogênio de baixo carbono.
Diretrizes para fortalecer o setor
O documento também aponta diretrizes para fortalecer o setor:
• Investir em infraestrutura e hubs regionais de produção e exportação;
• Criar mecanismos de fomento à demanda, como programas de compras públicas e incentivos fiscais;
• Integrar o hidrogênio verde a instrumentos de financiamento climático, como o PATEN e o Fundo Verde;
• Fortalecer agências reguladoras, especialmente a ANP, e capacitar mão de obra técnica;
• Ampliar o financiamento climático e os programas de certificação ambiental.
Segundo a ABIHV, o hidrogênio verde é não apenas uma solução energética, mas também um motor de desenvolvimento industrial, tecnológico e social, com potencial para gerar empregos qualificados e consolidar uma transição energética justa, inclusiva e ambientalmente íntegra.
“Com união de esforços e visão estratégica, o Brasil poderá se consolidar como um líder global no setor de hidrogênio verde, catalisando uma transição energética mundial mais rápida, eficiente e inclusiva”, reforça a entidade.
Para conhecer o posicionamento completo da ABIHV para a COP30, acesse o documento na íntegra.
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