Carga consolidada com CTE único faz da cabotagem uma opção atraente
Com benefícios fiscais, seguro reduzido e operações simplificadas, a TGA Logística encontra caminhos para desenvolver a multimodalidade nas rotas domésticas
A TGA Logística vem investindo desde o fim do ano passado no modal de cabotagem para cargas fracionadas tradicionalmente dirigidas ao modal rodoviário, e tem tido resultados bastante satisfatórios. Segundo o diretor da empresa, Álvaro Fagundes, 25% da oferta brasileira de cargas tem potencial para migrar do modal rodoviário para a cabotagem, por uma série de requisitos, entre os quais o fato de seguirem rotas acima de 2000 quilômetros.
Para o serviço de São Paulo a Manaus, operado a partir dos dois centros de distribuição da empresa (Tamboré e Anhanguera), a TGA oferece um serviço regular com transit time de 14 dias e garante que vem conseguindo trabalhar com fretes bastante competitivos.
A grande novidade, ainda segundo o diretor da empresa, é que a operação intermodal agora acontece com um único CTE (Conhecimento de Transporte Eletrônico), e pode ser operada de ponta a ponta, desde a coleta, consolidação, transferência via Porto de Santos até a desconsolidação e entrega, sob o CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica) de redespacho. “Por utilizar um único CTE, a operação ganha agilidade e economia, tanto na movimentação, menos burocrática, quanto na classificação e recolhimento tributário”, garante Fagundes.
A partir do centro de distribuição, a TGA consolida e estufa os containers que serão enviados por via rodoviária para o Porto de Santos, onde a parceira Mercosul Line (subsidiária de cabotagem da Maersk Line), realiza o transporte marítimo até Manaus. Simplificada, a operação permite que o armador fature diretamente para a TGA, que recolhe o ICMS de maneira unificada, realizando a cobrança posterior ao embarcador. Com isso, a operação evita duplicidade de documentos fiscais e oferece benefícios de créditos tanto para a TGA quanto para seu cliente.
“Outra vantagem do serviço consolidado com uso de cabotagem e que seguro cai para menos a metade”, diz Álvaro Fagundes, que explica que, enquanto o cálculo de seguros para a carga rodoviária gira em torno dos 1,2%, o modal marítimo não passa de 0,35% do valor da carga. Ainda assim, Fagundes lembra que a operação é vantajosa para cargas de longa distância, não sendo indicada para os fretes abaixo de 1.500 Km.
A TGA garante serviços de coleta em um raio de 300 Km dos centros de distribuição e já atende mercados específicos, como uma empresa de doces de Jundiaí que requer transporte refrigerado, uma produção de cebolas, transportadas à temperatura de 0°C, além de livros, materiais de escritório, grãos containerizados e produtos industrializados.
Na rota contrária, de Manaus a Santos, a TGA carrega motos e produtos eletrônicos, “um mercado que praticamente despencou desde o agravamento da crise econômica, porém foi compensado com as cargas locais”, contou o executivo.
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luis
21/05/2016 18:47