Kellanova testa operações via cabotagem em Manaus

Companhia concilia sustentabilidade logística a celeridade na distribuição para o transporte fluvial de produtos

A Kellanova, multinacional do setor alimentício e detentora das marcas como Sucrilhos® e Pringles®, iniciou com sucesso sua primeira operação de cabotagem no Brasil. A fase experimental começou em março e, ao longo de maio, os testes oficiais com dois parceiros logísticos locais na região de Manaus (AMA)

A iniciativa marca a substituição do transporte rodoviário pela navegação fluvial em um dos trechos logísticos da companhia. Com média de oito cargas mensais durante o período de testes, a mudança já indica ganhos ambientais e operacionais relevantes. De acordo com a Kellanova, a estimativa é que a nova operação reduza em até 100 toneladas de emissões de CO₂ por ano, o que equivale a 8,7 toneladas por mês ou 364 quilos por dia, ao eliminar a necessidade de 35 rotas de caminhões diariamente.

Segundo Daniel Augusto, diretor de logística da Kellanova no Brasil, a decisão reforça a busca da companhia por soluções que aliam sustentabilidade, eficiência e atendimento de qualidade. "Apesar do Brasil contar com uma rede fluvial ampla, a cabotagem ainda é um pouco explorada. Decidimos tomar a dianteira no nosso segmento, otimizando custos e promovendo impacto ambiental positivo, sempre com foco no cliente.

A companhia está avaliando a viabilidade de novas rotas fluviais com base em critérios técnicos e econômicos, levando em conta a complexidade das operações no Norte do país.

A navegação por cabotagem, que compreende o transporte entre portos do mesmo país, é apontada por especialistas como alternativa estratégica pra reduzir o impacto ambiental do setor logístico, além de aliviar o tráfego rodoviário e ampliar a integração nacional. Entre os principais benefícios da cabotagem estão a redução das emissões por tonelada transportada, a economia em rotas de longas distância e grande volume, a diminuição do congestionamento nas estradas, o reforço à segurança no transporte cargas sensíveis e o impulso à indústria naval brasileira.



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