Volume transportado na Cabotagem pela Aliança cresce 16% em 2018

Conversão de cargas rodoviárias para o marítimo e maior adoção do modal pelos clientes atuais garantiram o resultado acima da meta

A Aliança Navegação e Logística encerrou 2018 com um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. O resultado foi impulsionado pelo desempenho do mercado de cabotagem como um todo e, também, pelas iniciativas da empresa para ampliar os volumes de cargas em atuais clientes e conquistar empresas que ainda não utilizavam o serviço, podendo gerar uma economia de cerca de 20% se comparada ao modal rodoviário em rotas mais longas. Com o alto custo do frete rodoviário após o tabelamento, houve uma migração de cargas para a cabotagem, que deve manter o ritmo de crescimento neste ano em 10%.

De acordo com Marcus Voloch, diretor de Cabotagem e Mercosul da Aliança, a empresa conquistou 192 clientes ao longo do ano, com forte impulso após a greve dos caminhoneiros, finalizando o ano com uma carteira acima de 1400 clientes. “Com a conversão, conseguimos superar a meta inicial de crescimento que era de 8%. Além disso, os 50 maiores clientes aumentaram, em média, 15% no volume de cargas transportadas com a Aliança”, destaca o executivo.

No ano passado, as rotas mais procuradas foram da região Sul para o Nordeste e também no sentido contrário. Do Ceará para a Bahia, o incremento da cabotagem foi de 300%. O volume triplicou do Estado da Bahia para São Paulo. “Da região Sul para a Norte, o transporte por cabotagem chega a ser 40% mais econômico do que o rodoviário”, comenta o diretor, que ressalta a segurança e o baixo índice de avarias como os principais diferenciais do serviço, que também conta com a adesão de pequenas e médias empresas.

“Na realidade, o transporte por navio é apenas uma parte da corrente. O que fazemos é transporte multimodal, explorando a eficiência dos modais disponíveis (rodoviário, ferroviário, fluvial). O navio é o grande elo que conecta as longas distâncias, entregando confiabilidade, regularidade e economias de escala”, complementa.

A Aliança, que completa 20 anos de operação na cabotagem desde a sua aquisição pela Hamburg Süd, agora do grupo Maersk, transportou pela primeira vez, em 2018, frutas como laranja, melancia, melão e tangerina, de São Paulo para Manaus (AM). Outra novidade é o transporte de materiais de construção de grande porte, como caixas d’água de Santa Catarina para o Nordeste, bem como de cacau do Pará para a Bahia, demonstrando a versatilidade do transporte por cabotagem.

Ao todo, a cabotagem da Aliança movimentou 310 mil contêineres no ano passado, considerado o maior volume nas últimas duas décadas. “Isso equivale a 200 mil caminhões a menos nas estradas brasileiras e, consequentemente, redução das emissões de CO2 na atmosfera”, completa Marcus Voloch.

Intermodalidade

Reforçando seu compromisso com o desenvolvimento da região Norte, a Aliança vem investindo em parcerias para expandir seu atendimento multimodal (porta a porta) para estas localidades, oferecendo uma solução logística segura e com foco na excelência da prestação de serviços.

“No ano passado, 24% das nossas entregas no Pará e no Amapá utilizaram rotas fluviais. Também iniciamos, em outubro, a operação via barcaça entre o porto de Vila do Conde e Belém, permitindo uma logística mais eficiente para atendimento dos clientes localizados na região metropolitana da capital paraense”, destaca Erick Lourenço, gerente de operações da Aliança na região Norte.

Com escalas semanais de navios no porto de Vila do Conde, a armadora oferece saídas diárias para Macapá/AP (segunda a sábado) e duas vezes por semana para Santarém/PA (terças e sextas-feiras).

“Para este ano, o desafio é aumentar a movimentação nas rotas atuais e desenvolver projetos para atendimento de outras localidades com grande potencial para a cabotagem, envolvendo o embarque de açaí, grãos, caulim, cacau, dentre outros”, afirma Otávio Cabral, gerente geral da Aliança na região Norte.


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