Rumo investe em nova ferrovia e terminais
A Rumo acaba de publicar seu Relatório Anual de Sustentabilidade. A sétima edição do documento traz, entre os destaques de 2022, o melhor resultado da história da Companhia, passos importantes no processo de expansão -- com destaque para as primeiras licenças ambientais e, consequentemente, o início das obras dos primeiros quilômetros do projeto da pioneira ferrovia estadual de Mato Grosso -- e a entrega de mais dois importantes terminais na Malha Central.
Em 2022, foram mais de 74,9 bilhões de TKUs (toneladas por quilômetro útil) - sendo que em julho foi registrado o recorde de 7 bilhões de TKUs, mais de 1,8 milhão de toneladas em carregamentos no terminal de Rondonópolis (MT) e, no âmbito da Brado, foi alcançada a marca de mais de 100 mil contêineres movimentados no ano.
“É muito recompensador ver a evolução da nossa trajetória ao longo de 2022. Estamos mostrando cada vez mais ao mercado que temos consistência em nossa estratégia comercial”, afirma o presidente da Rumo, João Alberto Abreu. “Nosso compromisso é seguir atuando com base em processos pautados em três importantes pilares: confiança, transparência e proximidade com nossos clientes. Tudo isso tem nos levado a essa excelência nos resultados e ajudado no sucesso de nossa contribuição para o desenvolvimento da logística no Brasil”.
Foi um ano de muito investimento. O Conselho de Administração da empresa aprovou o início das obras da Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso com a construção de um viaduto ferroviário, no local onde está projetado o km 8 da nova ferrovia. A primeira fase das obras, programada em módulos, prevê 211 quilômetros até Campo Verde, onde haverá um primeiro terminal. Os custos estimados para este trecho estão entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões, em valores nominais. A capacidade instalada nesse trecho entre Rondonópolis e Campo Verde ficará entre 32 milhões e 35 milhões de toneladas por ano e o início das operações está previsto para 2026.
A execução das obras até Campo Verde é o primeiro passo para que a ferrovia chegue, posteriormente, a outras cidades previstas no projeto, dentre elas, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. O projeto prevê mais de 700 quilômetros de extensão ferroviária, passando por 16 municípios e gerando, apenas na fase de construção, 236 mil empregos no Estado, entre diretos, indiretos e induzidos.
Terminais - Dois terminais foram inaugurados na Malha Central (Ferrovia Norte-Sul). Em junho, uma parceria com a Usina Coruripe resultou na inauguração do terminal rodoferroviário Comendador Rubem Montenegro Wanderley, em Iturama (MG). Com capacidade para movimentar 2,5 milhões de toneladas de açúcar de exportação (VHP) por ano, a unidade de transbordo rodoferroviário representa um marco estratégico para a logística da região do Triângulo Mineiro, gerando cerca de 350 empregos diretos na região.
Em agosto, foi a vez de um terminal ferroviário de transbordo e uma misturadora de fertilizantes começaram a funcionar em Rio Verde (GO), projeto em parceria com a joint venture Andali S/A. A infraestrutura tornou possível a movimentação de fertilizantes a partir do Porto de Santos até Goiás. A capacidade total de recebimento é de até 1,5 milhões de toneladas por ano, o que garante uma operação eficiente diante de um potencial crescimento do mercado na região. O terminal é responsável pela geração de 1 mil empregos diretos e indiretos.
Em 2021, a Rumo já havia inaugurado outros dois terminais de grãos em Goiás, um em São Simão, em parceria com a Caramuru Alimentos, e o segundo em Rio Verde. Somados, os quatro terminais formam uma operação robusta para atender o agro e a indústria.
Em 2022, a Rumo descarregou em Santos, em média, mais de 1,2 mil vagões por dia. Isso representa, hoje, 60% da capacidade total do porto. A meta da empresa é chegar a 1,7 mil vagões por dia até 2025. Nos últimos 12 anos, a média de investimento em Santos foi de quase R$ 40 milhões por ano.
Redução de emissões - Por si só, o modal ferroviário é mais sustentável quando comparado aos demais, pois emite cerca de 7,6 vezes menos Gases do Efeito Estufa (GEE) do que o modal rodoviário. Ainda assim, diversas ações de eficiência energética foram realizadas para melhorar a performance, ter menor consumo de combustível e, consequentemente, menor emissão de GEE na operação. Ações que permitiram a antecipação do atingimento da meta de 2023, com a redução de 17% das emissões de CO2 específicas desde 2019.

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