Diversificação e e-commerce mantêm o crescimento de grupo logístico

Filial brasileira do Grupo ID Logistics registrou crescimento de 20% em 2015, com faturamento de R$ 313 milhões

Diante da crise econômica brasileira e da forte oscilação cambial, voltar as atenções para o comércio eletrônico e a diversificação de atividades foi a solução encontrada pela ID Logistics Brasil para manter a empresa em crescimento.

Segundo Eric Hemar, CEO do Grupo ID Logistics, “o incremento das atividades no 4º trimestre permitiu compensar a alta volatilidade das taxas de câmbio com efeitos desfavoráveis no Brasil, Argentina e Rússia”. O executivo afirma que a empresa irá continuar com a dinâmica em 2016, em todos os nossos mercados prioritários, apesar do ambiente econômico misto em países emergentes.

Na França, a receita do grupo chegou a 138,4 milhões de euros, um aumento de 5,2% a partir do 4º trimestre de 2014, um crescimento devido à abertura de novas operações no mês de março 2015, apesar de os preços e volumes permaneceram estáveis. Globalmente, a empresa chegou aos 112,1 milhões de euros de receita, um aumento de 8,8% em relação a 2014. Descontado o efeito desfavorável do câmbio no Brasil, Argentina e Rússia, o crescimento orgânico foi de 15,2%.

Nas principais economias emergentes onde o grupo atua, no entanto, o ambiente tornou-se mais difícil no 4º trimestre, com volumes ligeiramente negativos e as incertezas econômicas e políticas que afetaram as atividades e projetos de clientes do Grupo, como na Argentina, por exemplo, onde um dos principais clientes do grupo rescindiu suas atividades no país.

Entre os países onde a empresa estabeleceu novos contratos, estão a China, onde o grupo assumiu a gestão um CD de um dos líderes de varejo do país, e acompanhou as operações do Carrefour na integração dos seus fluxos logísticos; a Rússia, com a parceria firmada com o líder varejista X5 para a gestão de uma plataforma de 40 mil m² em Moscou (com previsão de expansão para 68 mil m²); na Europa, com atividades estáveis, porém com novos contratos na Espanha e Alemanha, este último também dedicado às atividades de e-commerce, com a operação logística de uma distribuidora de perfumes e cosméticos.

Para 2016, empresa ainda processa algumas propostas, porém lida com a refreada generalizada na tomada de decisão dos clientes, uma característica atual da economia brasileira. O grupo afirma, no entanto, que continuará a exercer controle especial sobre os custos de abertura de seus novos sites. Reduzindo substancialmente a sua dívida, a empresa ainda está estudando cuidadosamente as oportunidades de crescimento no exterior, o que irá acelerar o seu desenvolvimento na Europa.

A filial brasileira é a maior unidade do mundo depois da matriz francesa, correspondendo a 11,5% das atividades e do faturamento do grupo. O Brasil serve como apoio técnico para a filial Argentina, bem como base para o desenvolvimento de outras filiais na América Latina. A operação brasileira é também a que mais cresce, a uma taxa média aproximada a 30% nos últimos cinco anos.

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