Logística: a importância da manutenção preventiva

Custos com logística no país aumentam e algumas novas soluções podem ajudar

Já em 2014 o governo suspendeu diversas obras levando diversos da construção pesada a perderam seus empregos entre o ano e maio deste ano. No período, quase 300 mil vagas foram encerradas na construção pesada, 12,8% dos 2 milhões de postos fechados em todas as áreas no país. Na construção civil o rombo foi maior: quase 650 mil empregos desapareceram, o equivalente a 31% do total, segundo dados do Caged. Enquanto algumas obras andam a passos de tartaruga, outras estão paradas. Entre elas, a duplicação da BR-381.

“Enquanto essas obras não voltarem à ativa, não há expectativa de melhora no cenário de empregos”, ressalta o diretor executivo do Sinicon, Petrônio Lerche Vieira. Priorizar o investimento também é crucial, conforme enfatiza o representante da entidade da construção.

Os desvios de recursos também afetam o custo da logística e, consequentemente, do frete e do produto que chega ao consumidor. Afinal, quando há uma redução sistemática nos investimentos, o custo do transporte é elevado. E repassado. “No Brasil, o custo da logística representa 15% do PIB. No Canadá, que tem estrutura similar à brasileira, o custo é de 9%. O caminho a percorrermos é longo”, critica.

Inovação

Um grupo de alunos do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), em Vila Mathias, em Santos, apostam em melhorias na logística e adaptações em equipamentos que já fazem parte da empresa exportadora de café Comexim, que atua há mais 50 anos na Cidade.

O objetivo é agilizar operações, com aumento de qualidade e ainda garantir redução nos custos. “Nosso objetivo é identificar oportunidades de melhorias nos procedimentos da empresa. Tivemos grande apoio da empresa, até porque temos, no grupo, um integrante que atua há muito tempo lá”, explicou Aguinaldo.

A Comexim processa e exporta café em grãos. Para atender todas as exigências dos altos padrões de qualidade, a empresa fez um alto investimento em maquinário, mas o custo de produção ficou maior do que o esperado. Este, portanto, foi o primeiro problema encontrado pelos estudantes.

A saída encontrada pelos alunos foi a construção de um protótipo. A intenção era esclarecer os erros operacionais que causam o aumento do tempo de produção, que impacta no cumprimento dos serviços. Além disso, os estudantes visavam a redução de custos e melhorias na linha de produção.

“Com o protótipo poderemos visualizar todo o fluxo logístico da empresa para que possamos fazer as mudanças necessárias, abrindo, assim, um leque de caminhos a serem seguidos. Essa vivência, levaremos para vida profissional e usaremos como base para projetos futuros”, explicou o grupo em seu projeto.

Os estudantes estimam que, para a implantação do projeto, seria necessário um investimento de R$ 152,1 mil. Com este valor, o plano é adquirir uma empilhadeira, que custa R$ 125 mil, e dois elevadores de grãos industriais. Cada um sai por de R$ 13.588,00.

Apenas no primeiro trimestre deste ano, os embarques de café pelo Porto de Santos somaram 7,39 milhões de sacas de 60 quilos. No período, o cais santista foi o responsável pelo embarque de 84,5% da commodity produzida no País.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Guia Marítimo. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.