Manaus como opção para a logística industrial

Empresas trabalham para estreitar: operação, estrutura e eficiência logística

Um modelo de desenvolvimento econômico implantado pelo governo brasileiro com o objetivo de viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promovendo uma melhor integração produtiva e social da região ao país, a Zona Franca de Manaus que compreende três polos econômicos: comercial, industrial e agropecuário, tem sido cenário de grandes projetos desenvolvidos por empresas de diversos setores.

A Modern Logistics, por exemplo, novo operador logístico com frota própria de aeronaves cargueiras, deve ter seu primeiro hub lançado ainda nesse primeiro semestre. A companhia que aguarda finalização do processo de inspeção técnica para começar a voar, estreia com a operação das rotas entre Campinas-Manaus. De acordo com o gerente comercial e de operações logísticas, Fabrício Cavalcante, a ação faz parte das perspectivas para a Logística Industrial da Zona Franca de Manaus em 2016.

“Ao usar somente o porão das aeronaves de passageiros, a carga aérea perde em regularidade e flexibilidade. Com os cargueiros da Modern Logistics, vamos oferecer voos regulares, conectar Manaus não só ao Sudeste, mas também ao Nordeste (Recife) e ao Centro-Oeste”, explicou. Cavalcante lembrou que um televisor leva hoje 30 dias para chegar de caminhão ao Sudeste, em operações fracionadas, enquanto novos modelos saem da fábrica a cada quatro meses, ou seja, o fabricante está perdendo no transporte cerca de um quarto do tempo útil de prateleira das mercadorias.

No quesito marítimo, quando o assunto são operações de transporte, carga e descarga, a Tomiasi Logística Pesada - empresa do Grupo Chibatão – realiza ação para transportar peças que, no total, somam mais de 330 toneladas e têm como destino uma grande fábrica do Distrito Industrial.

De acordo com o gestor do Porto Chibatão, Jhony Fidelis, a carga tem como origem a Coréia do Sul e destino a fábrica da Voith Hydro, em Manaus. Com saída do Porto de Belém, no Pará, e destino Manaus, o prazo aguardando o desembaraço para liberação da Receita Federal é de cinco dias, e só aí a jornada continua. “São ações deste tipo que consolidam a história da empresa. Somente a Tomiasi está apta a fazer este tipo de operação no Norte do país. Estamos sempre dispostos a novos desafios”, conta.

Mais espaço

Com objetivo de oferecer eficiência, melhor custo-benefício e tecnologias de ponta, será inaugurado no próximo domingo, (6), a Distribution Park Manaus III. O novo parque no Distrito Industrial da capital amazonense, de acordo com o Diretor Executivo da Hines, Jeremy Smith, vem para facilitar a instalação de indústrias.

“O DPM III é nosso terceiro parque em Manaus e o primeiro no Distrito Industrial, com isso em mente, nós desenhamos este parque com infraestrutura elétrica e hidráulica reforçada, um prédio concebido para ser logístico, altamente eficiente, pode ser facilmente adaptado para várias atividades industriais e seus diversos requerimentos”.

Com investimentos de R$ 300 milhões e geração de mais de 2,5 mil empregos diretos e indiretos, o parque possui 130.000 m² em três galpões divididos em 28 módulos.

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