O fabricante de adesivos industriais Adecol, de capital 100% nacional, vem investindo em exportações desde 2015. O resultado é que, hoje, a atividade já representa 5% do faturamento da empresa, somando R$ 7,5 milhões somente com as vendas externas.

Nem à crise, e tampouco à alta do dólar, no entanto, é atribuído o aumento das exportações, que contribuíram para os 20% de crescimento anual da empresa. Segundo a diretora industrial, Ana Julia Kiss, “a alta do dólar foi apenas um empurrão, até porque a Adecol é conhecida por ser uma empresa inovadora, e não deixou a crise estourar para se mobilizar”. Ainda assim, a Adecol estabeleceu, como meta para 2016, dobrar as exportações, o que conseguiria a partir de parcerias com diversos países como Chile, Argentina, Paraguai, Peru, Colômbia e Estados Unidos.

Para conquistar mais mercados, a empresa participou de feiras internacionais em Miami e Düsseldorf, e estabeleceu, para o mercado latino-americano, (seu foco principal), uma estratégia de se aproximar da cultura dos países parceiros por meio de “visitas, contato pessoal e proximidade”.

Adaptabilidade

Taylor-made, produtos sob medida, são o diferencial da Adecol, que, mesmo no mercado internacional, encontrou maneiras de levar o serviço a seus clientes, que demandam padrões e necessidades específicos. Exemplo disso foi o fabricante de adesivos boliviano, que solicitou uma aplicação não utilizada no Brasil. Para que o negócio fosse fechado, uma série de visitas foram realizadas, de modo a aproximar as culturas e trazer entendimento e soluções.

A Adecol produz 1,5 mil toneladas de adesivos por mês, em 10 linhas. Atuando como um laboratório de desenvolvimento, adapta produtos e matérias-primas importadas para o cenário da América Latina. Em 2015, fechou faturamento em R$ 130 milhões, com aumento de 18,2% em relação a 2014, média de crescimento que vem mantendo desde 2010. Também em 2015, a empresa investiu R$ 2 milhões para dobrar a produção da linha de adesivos PUR com foco nos setores gráfico e moveleiro.