Incêndio Localfrio: Cetesb exige isolamento dos produtos não afetados

Segundo nota emitida pela Companhia Ambiental, até a interdição da área, para a realização de perícia criminal, já foram retiradas aproximadamente quatro carretas-tanque com efluentes contaminados, resultante da água utilizada pelos bombeiros no combate ao incêndio


A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) determinou à Localfrio - Armazéns Gerais Frigoríficos a segregação dos resíduos de dicloro que não queimaram e a sua cobertura para evitar o contato com águas de chuvas, o que poderia desencadear, mesmo em pequena proporção, uma nova reação química e provocar nova emissão de fumaça e incômodos à população. A companhia exigiu, também, a identificação dos contêineres com dicloro, que não foram afetados pelo incêndio, para isolá-los e mantê-los em local adequado.


Segundo nota emitida pela Companhia Ambiental, até a interdição da área, para a realização de perícia criminal, já foram retiradas aproximadamente quatro carretas-tanque com efluentes contaminados, resultante da água utilizada pelos bombeiros no combate ao incêndio. “O efluente foi transportado para a empresa Opersan, especializada no tratamento de resíduos líquidos, localizada no Município de Jandira”, disse o comunicado.


Coleta de água


Na última sexta-feira, (15), a Cetesb realizou coleta de amostra de água de chuva, no período das 17h20 às 20h00, no quartel do Corpo de Bombeiros, no Bairro Esperança, no Guarujá. Segundo a empresa, na amostra coletada, foi constatada acidez pouco superior ao do que se constatou em amostras coletadas em outras áreas urbanas não impactadas pelo acidente.


“Foi também analisada a presença de ânions, na água de chuva, de compostos químicos como fluoreto, cloreto, nitrato e sulfato. Os valores encontrados foram compatíveis com os de outras medições, realizadas em outros momentos em áreas urbanas e industriais, não devendo constituir motivo de preocupação”.


Águas de chuva de atmosferas urbanas têm, geralmente, acidez levemente superior à de águas consideradas puras. O dióxido de carbono (CO2), normalmente presente na atmosfera, dissolve-se na água da chuva e nas nuvens formando o ácido carbônico. Os resultados obtidos referem-se apenas ao local e período amostrados. Resultados diferentes podem ocorrer em outros locais e períodos. Até o momento não foram divulgadas as causas do acidente.



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