Porta de entrada para cargas de cabotagem no norte e nordeste

APM registra crescimento que supera expectativa

Operando 36 milhões de Teus no mundo, a APM Terminals, do Grupo Maersk, que é responsável pelas operações portuárias do Porto do Pecém, enxerga no complexo uma porta de entrada para as cargas de cabotagem no nordeste e norte do Brasil.

O complexo que cem crescendo 200% só na cabotagem de um ano para outro, como destacou Bechara, diretor comercial e relações institucionais da APM Terminals, lembrando que “ainda há capacidade maior de crescimento para cabotagem, o problema é que alguns ainda optam por usar o rodoviário para alguns transportes”.

Também atuando em Santos, Paranaguá e Itajaí, Bechara destaca a vocação do porto de ser um gateway do Nordeste, apontando o novo posicionamento graças a expansão do terminal, que agora também conta com uma ZPE. A empresa exporta placas e já conta com cerca de seis navios operados.

De acordo com o executivo 50% das exportações tem origem do Ceará e 20% do Rio Grande do Norte. “A pauta é formada principalmente pelo mercado de frutas e movimentação de containers, com forte foco das frutas entre agosto e janeiro. Não podendo esquecer de dar destaque também para o setor de calçados”, apontou.

Apesar da forte pauta ser mais competitiva através do transporte pela cabotagem, Bechara comenta que pelo menos uma média de 100 caminhões ainda descem para fazer o transporte pelas estradas. “Grande parte dessa mercadoria poderia ser aproveitada pelo modal de cabotagem, apesar de parte desses produtos também ser movimentado pelo modal”, salienta.

Na parte ferroviária, ele destaca que Pecém recebe bobinas de aço e também containers. Lembrando que a capacidade de expansão de interligação do modal será expandida com a nova Transnordestina, ligando Ceará com Pernambuco. “Uma parte já está em operação, a central. Mas com essa expansão, vai ser uma região que vai ficar muito bem servida de modal ferroviário”.

Único operador de container em Pecém, além de operar com carga geral, a APM trabalha ainda com investimentos relevantes, sempre pensando na melhora das operações, com destaque para a aquisição de novos portainers. De acordo com ele a empresa injetou recentemente R$ 100 milhões em dois equipamentos STS para servirem grandes navios. Com 1.400 metros de cais, uma capacidade estática de 19 mil Teus e 1.008 tomadas reefer, Pecém, como aponta o executivo, tem potencial de alcançar ótimos resultados em um curto espaço de tempo. “Estamos em fase de adequação dos novos equipamentos, fazendo cerca de 25 movimentos por hora em cada um. Nossa meta é chegar a 35 movimentos por hora, posicionando o porto como uma eficiente opção para os armadores. Queremos alavancar a movimentação de containers”.

Crédito Imagem Capa: Agência Infoneb

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