Enquanto isso, a oferta na costa brasileira...

Barreto traz esta semana um levantamento na costa brasileira similar ao da semana passada sobre crescimento da capacidade ofertada e do tamanho dos navios porta-contêiner no cenário internacional e adianta que os resultados foram bastante distintos

Diante do importante crescimento da capacidade ofertada e do tamanho dos navios porta-contêiner no cenário internacional, demonstrada aqui na última semana, achei por bem realizar um levantamento de situação similar na costa brasileira – e posso adiantar que os resultados foram bastante distintos.

Ao comparar a maior classe de navios em operação por aqui em dezembro de 2010 - Santa Class da Hamburg-Süd com capacidade nominal para 7.100 Teus com o atual New Cap San, também da Hamburg-Süd, de 9.600 Teus, notamos um crescimento de 35% em termos de capacidade do navio. Contudo, nesse mesmo período houve uma não menos importante redução de 37 para 21 serviços semanais ofertados no Brasil, ou seja: uma queda de expressivos 43%.

Se, por um lado, tanto o crescimento dos navios quanto a redução na quantidade de serviços estão em linha com a tendência internacional, chama a atenção o fato de que a "Capacidade Semanal @14t" manteve-se absolutamente estável nos últimos 5 anos, o que significa que os armadores não estão trazendo para cá seus excedentes de capacidade, e ajuda a explicar o porquê de alguns exportadores já estarem sentindo pressão por aumento de fretes em algumas rotas.

Para ler o levantamento completo elaborado por Barreto, clique aqui.

Escrito por:

Leandro Barreto / Sócio-Consultor SOLVE Shipping

Administrador de empresas, especializado em economia internacional pela Universidade de Grenoble e em Inteligência Competitiva pela FEA/USP. Há mais de dez anos atuando no segmento, foi gerente de Inteligência de Mercado na Hamburg-Süd, professor pelo IBRAMERC e Diretor de Análises da Datamar Consulting. Atualmente, coordena projetos independentes de consultoria com forte atuação junto a armadores, autoridades portuárias, embarcadores e entidades públicas voltadas para o desenvolvimento do setor portuário.



Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Guia Marítimo. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.