Acordos internacionais e a competitividade
Especialista afirma que “momento é favorável para as empresas repensarem seus caminhos”
Desaquecimento da economia, esse é o principal cenário que se encontra no Brasil, que como saída te que se adaptar a diversos fatores, impactando assim em diversos setores. O resultado? Ritmos de produção menores, menos investimentos e claro, menos acordos interacionais.
“Visto este cenário de rápidas transformações, as empresas buscam alternativas para manter o ritmo de produção e vendas, ou, muitas das vezes, de simplesmente seguir no mercado. E entre muitas medidas, uma alternativa que economicamente tem sido se provado positiva, é a de focar no mercado externo, por meio das exportações”, explica Marcos Piacitelli, Especialista em Acordos Internacionais da área de negócios de Comércio Exterior da Thomson Reuters.
Segundo ele, quando o assunto são exportações, os Acordos de Livre Comércio (FTAs na sigla em inglês) afirmam-se como uma ferramenta de impulsão às empresas brasileiras. “Sem dúvida nenhuma, este é o momento para as empresas aproveitarem todos os esforços e benefícios oferecidos pelas exportações, ainda mais amparadas por um FTA, para vender seus bens no mercado internacional a preços competitivos”.
Como suporte aos argumentos, explica o especialista, o Governo Brasileiro reconhece as exportações como um elemento estratégico para a economia, “e se esforça para ampliar o foco nesse setor, bem como para ampliar a lista de países com que o Brasil tem um acordo de livre comércio”. De acordo com ele, a negociação de novos acordos, assim como a ampliação dos FTAs já existentes, são diretrizes estabelecidas no PNE (Plano Nacional de Exportações).
“Nos últimos anos, o governo brasileiro firmou diversos acordos internacionais de livre comércio e não tem poupado esforços para ampliar a lista de parceiros comerciais”, afirma. A volta do diálogo com Canadá, a renovação do SGP com EUA, as negociações com Sica (Sistema de Integração Centro-Americana), por exemplo, explica Piacitelli, mostra que ambos os setores, público e privado, estão em uma sinergia muito forte, “pois os dois sabem dos benefícios e vantagens provenientes dos Acordos de Livre Comércio para o atual cenário brasileiro, tais como, redução tarifária por meio da diminuição percentual da alíquota do imposto de importação; acesso a produtos mais baratos devido à redução tarifária; redução de custos para a empresa, entre muitos outros”.
Porém ele ressalta que mesmo com essa quantidade significativa de benefícios, as empresas não utilizam todo potencial oferecido pelos acordos. Em 2015, a Thomson Reuters, em parceria com a KPMG, realizou uma primeira pesquisa global que ouviu 446 especialistas e gestores de comércio exterior de 11 países diferentes, onde 38% representavam operadores brasileiros.
Dentro desta porcentagem, 36% responderam não utilizar nenhum FTA por diversos motivos, “no entanto, as dificuldades apontadas pelos gestores e profissionais de comércio exterior como “obstáculos” para melhor utilização dos FTAs podem ser superados com planejamento”, afirma, lembrando a importância do compliance.
“No Brasil, são realizadas em média quatro alterações regulatórias legais por dia útil e as empresas precisam garantir o perfeito cumprimento das regras regulatórias em suas operações. As instituições precisam gerenciar seus dados com eficácia para mitigar os riscos de inconsistência da informação. As crises econômicas podem atingir quase todos os setores da economia, porém, se a empresa agir estrategicamente, mesmo em um cenário vulnerável, pode identificar oportunidades para grandes negócios”. E finaliza reafirmando que “o momento é favorável para as empresas repensarem seus caminhos e aproveitarem a conjuntura de crise para aumentarem a competitividade, participando no mercado internacional de forma inteligente, ágil e segura. Exportando mais e ganhando o mundo”.
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Leopoldo Nunes
27/07/2016 17:31