AEB: Serviços logísticos eficientes a custos menores
Especialista de seguro a exportações alerta: além da reversão de expectativas negativas sobre a crise político-econômica, é preciso melhorar a capacidade de gestão do governo e dar estabilidade às regras.
Em informativo publicado pela AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), especialistas avaliaram o cenário econômico atual e o desempenho dos portos brasileiros. A situação para o Brasil não está nada boa, como era de se esperar: o país caiu no Índice de Performance Logística estabelecido pelo Banco Mundial, que mede eficiência dos processos aduaneiros, qualidade da infraestrutura, facilidade de negociações, competência dos prestadores de serviço, rastreamento de cargas e frequência com que os embarques chegam no tempo previsto.
A única melhora que se notou nos últimos tempos, de acordo com o coordenador de câmbio e seguro de crédito a exportações da AEB, Wagner Medeiros, foram os procedimentos de desembaraço aduaneiro, por incrível que possa parecer, num país em que estamos acostumados a nos adaptar permanentemente à morosidade dos processos públicos.
No entanto, Medeiros alerta que “não dá para se entusiasmar: enquanto ações avançam em melhorias da chamada ‘logística soft’, que visa à modernização e à simplificação de processos, sistemas e normativos, ainda se mantêm atrasos na infraestrutura, a chamada ‘logística hard’, que impede avanços substanciais e sustentáveis”.
O especialista ressalta a necessidade de, além da revertermos de expectativas negativas em torno da crise político-econômica a que chegamos – exclusivamente por causas de macropolíticas domésticas equivocadas e protelações de reformas estruturais necessárias, alheias ao cenário de dificuldades da economia mundial – cuidemos de melhorar a capacidade de gestão do governo, e de conferir estabilidade às regras e, de modo a evitar que não sejam repetidos conceitos e modelos de políticas cheias de percalços, desde a formulação e contratação até o cronograma de implementação de projetos, cujas entregas são “insuficientes para eliminação dos gargalos logísticos e, consequentemente, para salto de qualidade que exige a competitividade de economia”, conclui.
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