Indústria 4.0

Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços ressalta que oportunidades de cooperação e de negócios “dependem” da tecnologia e inovação

A previsão do tempo é de mais sol para as próximas semanas, o valor do açúcar tem previsão de subida de 3% até o final da safra, o fornecedor de insumos não tem estoque suficiente para a produção no pico, produtores estimam uma colheita de mais de 45 toneladas da fruta até o fim da safra. Imagine todos estes dados, se comunicando on-line, num único banco de dados?

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, falou sobre a importância da parceria bilateral em diversos aspectos, entre eles, a elaboração da política brasileira de indústria 4.0. Um conceito de indústria proposto recentemente e que engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. Pereira destacou as oportunidades entre Brasil e Alemanha que segundo ele “é impossível falar em oportunidades de cooperação e de negócios sem falar de tecnologia e inovação".

Segundo ele, o modelo alemão de manufatura avançada é uma das principais referências para o Brasil. "A convergência entre o mundo físico e virtual nas fábricas, no futuro próximo, integrará cadeias globais de valor desde a concepção de um produto até o cliente final", explicou.

A história da evolução da indústria passa por períodos de Revolução, como James Watt no século 18 com a Indústria Têxtil, Henry Ford com a criação da linha de produção em massa em 1712-1913, ou a implantação de computadores no chão-de-fábrica. Épocas que começaram o processo de geração de riqueza, criando um novo modelo econômico.

Em pleno século XXI, possuímos novas propostas, como define o ministro em cinco eixos estratégicos: as tecnologias em questão; a configuração das cadeias de valor; a capacitação apropriada de recursos humanos; os marcos regulatórios; e as infraestruturas necessárias.

Marcos Pereira destacou também a importância do Acordo Mercosul-União Europeia para estimular o comércio entre Brasil e Alemanha. "Este comércio, já absolutamente relevante, deve ser impulsionado. A assinatura de um acordo de livre comércio entre a principal iniciativa de integração na América Latina e a mais avançada experiência de integração regional que temos no mundo pode representar incremento extremamente importante no comércio bilateral", declarou.

Em 2015, o Brasil exportou mais de US$ 5 bilhões para a Alemanha, que foi o quinto principal mercado para nossas vendas externas. As importações passaram de US$ 10 bilhões, no ano passado, quando a Alemanha foi o quarto maior parceiro comercial do Brasil, atingindo uma corrente de comércio de mais de US$ 15 bilhões.

"Estamos, juntamente aos parceiros do Mercosul, engajados no diálogo permanente com os setores produtivos locais, sendo a CNI parceira fundamental para o aprimoramento da oferta do bloco. Brasil e Alemanha, como líderes no Mercosul e na União Europeia, respectivamente, têm importante papel de impulsionar essa negociação", enfatizou o ministro, salientando que o Brasil superou definitivamente a crise política. "A estabilização política cria condições para a superação das turbulências econômicas de que ainda nos recuperamos, em herança de gestões passadas", finalizou.

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