Rangel estrutura operação logística para obras de arte e eventos no Brasil

O executivo Mikke Amâncio vai comandar a unidade de negócios da portuguesa Rangel Logística para os segmentos de obras de artes, exposições culturais e feiras comerciais no mercado brasileiro.

Com mais de 25 anos de experiência em logística, dez deles no segmento de artes, feiras comerciais e exposições, Amâncio tem passagens por empresas como GenteLog, Abrange Logística, Gramense Farmacêutica, Fiorde Logística, TTI Events e Millenium Transportes e Logística.

Amâncio foi responsável pela logística que trouxe ao Brasil as esculturas do artista britânico Tony Cragg para sua primeira exposição institucional no país, em cartaz de novembro de 2019 a março de 2020, no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE).

Na Rangel, o executivo tem a missão de estruturar o primeiro portfólio de serviços logísticos integrados para obras de arte do país. “Galeristas, colecionadores e expositores brasileiros terão [com a Rangel] a melhor opção de serviços logísticos com total segurança, em qualquer parte do Brasil e da Europa, utilizando uma única empresa, algo que ninguém mais pode oferecer atualmente”, afirma Amâncio.

No continente europeu, a Rangel, atua há mais de 20 anos na logística de obras de arte. Pelas mãos dos profissionais da empresa já passaram obras icônicas da história da arte, entre as quais, os manuscritos de Leonardo Da Vinci conhecidos como Codice Da Vinci, ou Código Da Vinci, hoje de propriedade do bilionário Bill Gates.

Em seu país de origem, Portugal, a Rangel tem como clientes os principais museus geridos pela Direção-Geral do Património Cultural e as fundações a cargo das maiores exposições artísticas do país. A Rangel também conta com um longo histórico de serviços para grandes exposições nas principais capitais do mundo.

A pandemia obrigou a Rangel a rever sua operação no ramo de artes na Europa e também no Brasil. Porém, a expectativa é que esse cenário melhore em breve. Por aqui, o setor tem conseguido manter sua atividade com feiras virtuais, a exemplo da SP Arte 365 que vem conseguindo agregar galeristas e compradores em negociações online.

Para Mikke Amâncio, a Covid-19 pode ter interrompido as exposições físicas, mas não parou a compra e venda de obras de arte. Ele acredita que no pós-pandemia o formato de eventos híbridos, com versões presenciais e online, deve se consolidar também no mercado de arte. “A exposição pode ser virtual, mas a logística da peça continuará a ser feita. Queremos ser a melhor opção para o vendedor brasileiro alcançar o comprador estrangeiro”, diz Amâncio. “O câmbio está favorável, há um cenário promissor para galeristas brasileiros, e os compradores continuam atrás de bons negócios”.

Além da expertise em logística, o portfólio de serviços que Amâncio está a estruturar contará com o braço financeiro da Rangel na Europa para viabilizar transações e os serviços da empresa de desembaraço fiscal e aduaneiro para obras de arte.

Dados do Ministério da Economia apontam que, em 2020, a exportação de obras de arte com origem no Brasil totalizou US$ 60,3 milhões. Segundo o Art Basel Report, o comércio global de arte movimentou em 2019 US$ 64,1 bilhões. Ainda não há dados globais de 2020.

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