Royalties do petróleo: arrecadação cai 25% em 2015

Dados da ANP mostram que o pagamento de royalties sobre produção de petróleo para a União, estados e municípios somou R$ 13,857 bi em 2015. Em comunicado a Petrobras prestou um esclarecimento sobre a sua carteira de desinvestimentos, a qual qualificou de “dinâmica”

download (2) Dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram que o pagamento de royalties sobre produção de petróleo para a União, estados e municípios somou R$ 13,857 bi em 2015. Os números representam uma queda de 25% na comparação com 2014, que teve receita de R$ 18,530 bilhões, e é o menor desde 2011, quando a receita foi de R$ 12,987 bi.


O estado do Rio de Janeiro perdeu em 2015 cerca de R$ 900 milhões, comparando a arrecadação de R$ 2,308 bilhões em 2015 e a de R$ 3,213 bilhões em 2014. No Espírito Santo, a arrecadação caiu de R$ 837 milhões em 2014 para R$ 624 milhões em 2015, enquanto que na Bahia a queda foi de R$ 260 milhões para R$ 176 milhões.


Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a Petrobras prestou um esclarecimento sobre a sua carteira de desinvestimentos, a qual qualificou de “dinâmica”. No comunicado a companhia disse que o desenvolvimento das transações dependerá das condições negociais e de mercado, podendo sofrer alterações em função do ambiente externo e da análise contínua dos negócios da companhia. Sem, no entanto, citar nominalmente a Braskem, na última semana circularam novos rumores de venda da fatia da estatal na petroquímica.


A companhia ainda reafirmou a projeção de desinvestimentos para o biênio 2015-2016 em US$ 15,1 bilhões, dos quais já foram negociados US$ 700 milhões no ano passado. A expectativa é que a Petrobras anuncie nos próximos dias o processo de venda de sua fatia na Braskem, tendo contratado o Bradesco como consultor financeiro na busca de interessados.


Desde abril do ano passado, quando apontaram que eram desenvolvidos estudos preliminares sobre o negócio, o valor de mercado da participação da petrolífera na empresa praticamente dobrou, para cerca de R$ 5,3 bilhões.

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