Companhia explora instalação alfandegada no Porto de Santos

Empresa santista tem apostado na sinergia com os negócios que já tem no Porto de Santos e trabalha para operar terminal marítimo

Após vencer, em dezembro, o leilão para operar um terminal marítimo, a santista Marimex já explora uma instalação alfandegada no Porto de Santos, mas na retroárea do cais, sem acesso à água. A companhia arrematou uma área desativada, no bairro do Paquetá, de 22,5 mil metros quadrados e terá até quatro anos para transformá-la em um terminal especializado na movimentação de papel, celulose e carga geral.


Com investimento de R$ 247 milhões, ela foi a única operadora logística na primeira fase dos leilões portuários, dada à crise econômica e as condições dos editais, além das características do arrendamento no Paquetá.


Proprietária de uma área de 11 mil metros quadrados que fica atrás do lote arrendado, a área só vai começar a operar no quinto ano do contrato. "Não seremos só um píer. Temos transporte rodoviário, terminal alfandegado, despacho aduaneiro, armazém geral e fazemos a gestão na planta do cliente", lista o presidente da Marimex, Antonio Carlos Cristiano. Segundo ele, com a especialização dos terminais no porto, o espaço para carga geral em Santos diminuiu. "Há uma carência para esse tipo de carga", diz.


O investimento será feito com financiamento junto a bancos privados, sem ajuda do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Além disso, a arrendatária terá de garantir movimentação mínima de 1,6 milhão de toneladas de papel e celulose ao ano, sob pena de multa, um fator que, segundo Cristiano, será reavaliado pela empresa por meio de um estudo para confirmar a viabilidade dos números.

Hoje, a profundidade no cais do Paquetá é de aproximadamente sete metros, insuficiente para receber navios. Pelo edital, a estrutura deverá estar preparada para embarcações com calado mínimo de 11 metros.

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