“Do arroz ao zinco”

Aliança participa de A Hora da Cabotagem e compartilha as iniciativas que devem levar o serviço a crescer 6% em 2016

Reduzir custos de transportes, aumentar a segurança, atingir resultados concretos de sustentabilidade e prevenir a oscilação característica do mercado de fretes estão entre as vantagens mais visíveis da cabotagem, um meio de transporte que garante economia de 10% a 15% em relação ao transporte rodoviário.

E foi enxergando o potencial da atividade que, entre 2013 e 2014, a Aliança Navegação reestruturou sua frota de cabotagem com um investimento de R$ 700 milhões na compra de 6 navios porta-containers com capacidades de 3.800 a 4.800 Teus. Hoje, com 11 embarcações em operação no serviço de cabotagem, que cobre 15 portos de Buenos Aires até Manaus com um total de 104 escalas mensais, a Aliança realiza o planejamento completo das operações multimodais e atende aos embarques porta a porta.

No dia 15 de setembro, em São Paulo, a Aliança Navegação e Logística vai participar do evento “A Hora da Cabotagem”, que chega à sua quarta edição e terá foco naquilo que a cabotagem pode concretamente fazer pelas empresas. Dividido em quatro painéis dinâmicos, o evento promove um dia inteiro de discussões e debates que aproximam usuário, armador e terminais de integração com os modais complementares, apresentando soluções práticas e vantagens específicas para a operação do usuário do modal.

Entre os assuntos abordados, “A Hora da Cabotagem” vai trazer cases de multimodalidade com foco no usuário, novos desenhos de feeder service, integração das rotas da América Latina com a abertura da expansão do Canal do Panamá, bem como a integração com outros modais, alternativa defendida pela Aliança Navegação e Logística.

A Aliança mantém a posição de líder de mercado na cabotagem e, mesmo diante da crise, espera fechar 2016 com um crescimento de 6%, resultado que vem impulsionado pela conquista de clientes de médio porte. Entre as 1200 empresas que já aderiram ao serviço prestado pelo armador, há grandes, pequenas e médias empresas, representando praticamente todos os segmentos do mercado – “do arroz ao zinco”, ilustra a companhia –, com destaque cada vez maior para os segmentos de bens de consumo duráveis. No ano passado, a Aliança obteve um faturamento de R$ 3,3 bilhões e movimentou 673 mil containers.

De acordo com Marcus Voloch, gerente geral de Mercosul e Cabotagem da Aliança, as principais vantagens do serviço são rastreabilidade em qualquer ponto, integração dos modais para otimização da cadeia logística, redução do número de caminhões na estrada, menor índice de avarias e a facilidade de contar com empresas que cuidam de todas as etapas do processo – da retirada da carga, transporte até o porto com segurança, embarque, desembarque e entrega no destino final. “Por ano, a cabotagem elimina cerca de 300 mil viagens de longa distância das estradas brasileiras, mantendo, no entanto, curtas viagens nas pontas – entre o embarcador e o porto, na origem, e entre o porto e o cliente final, no destino”, explica Voloch, que será um dos palestrantes no período da tarde.

Para Julian Thomas, diretor-superintendente da Aliança Navegação e Logística, o segredo de uma logística eficiente é a utilização apropriada de todos os modais, cada um desempenhando o seu papel na cadeia. E alerta: “O que não devemos é incorrer novamente no erro de priorizar apenas um deles. O futuro do setor de cabotagem passa pela modernização não apenas da frota de navios, mas, principalmente, pela otimização de toda a cadeia logística”.


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