“Brexit”: agricultores pobres de todo o mundo sentirão impactos
Fairtrade aponta que “compromissos internacionais” e “novos acordos comerciais” devem ser mantidos e justos
Uma pesquisa elaborada pela Fundação de Comércio Fairtrade adverte “graves consequências” para os agricultores pobres do mundo que cultivam todos os tipos de produtos com a decisão da saída do Reino Unido da UE (União Europeia).
De acordo com o presidente executivo da fundação, Michael Gidney, todos os acordos comerciais atualmente em vigor através da UE terão de ser renegociados e o governo britânico “tem uma grande responsabilidade para assegurar que esses novos acordos comerciais serão verdadeiramente justos”.
Principais exportadores de frutas e hortaliças no Reino Unido, a Espanha seguida pela Holanda, registraram só em 2015 o volume de 685,796 toneladas, seguidos da França, com 233,586 ton, Alemanha, com 186,663 ton, Irlanda, com 170,406 ton e Itália, com 120,090 ton, segundo dados de 2015 do Eurostat .
O volume exportado pela Espanha para o Reino Unido, por exemplo, no ano, soma um total de 787,093 toneladas de vegetais, com destaque para a exportação de tomate, repolho, alface e cebola. As exportações de frutas para a Grã-Bretanha, por outro lado, registraram 676,078 toneladas no mesmo ano, 4,6 % a mais que em 2014. Tangerina, laranja, limão, melão, uva, nectarinas e melancia foram as principais frutas exportadas.
Ainda segundo Gidney outras políticas do Reino Unido, como a capacidade de especificar padrões éticos nos contratos públicos, poderiam mudar esse cenário, sublinhando que os interesses dos agricultores pobres e trabalhadores devem ser adequadamente considerados durante a revisão da política.
“O governo deve respeitar plenamente os seus compromissos internacionais de desenvolvimento em linha com as metas de desenvolvimento sustentável da ONU, e garantir que o impacto da decisão de sair não recaia sobre os menos capazes de suportá-lo", acrescentou Gidney, lembrando que a Fairtrade vai trabalhar para garantir que os agricultores e trabalhadores de todo o mundo que cultivam o que comemos não sejam esquecidos. “Vamos continuar lutando por justiça no comércio", finalizou.
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